<$BlogRSDUrl$>
Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

27.11.07

Trompe l’ibido 



Artur Amieiro, Trompe l’ibido, Óleo s/ tela, 60x40 cm., 2003.
[Sobre uma fotografia de Thierry Dosogne]

- Uma folha, apenas uma folha? - replico eu, perplexo, ao meu psicanalista.

posted by perplexo  # 18:36
Comments:
Viva, Perplexo! Novo espaço de participação enciclopédica,
http://wiki.horabsurda.net
Arte, literatura e muito mais.
Abraços
 
Enviar um comentário

23.11.07

Indignidades 


Há dias vi uma cerimónia oficial num canal inglês em que alguém se ajoelhava perante a rainha de Inglaterra. De repente aquilo pareceu-me tão… tão anacrónico. Tão medieval. Tão senhores e escravos. Que primitivismo é este? Como é que alguém se ajoelha perante outro, 200 anos depois da revolução francesa? Inacreditável!
Depois são capazes de falar em dignidade e criticar outros. Real argueiro!

A monarquia do país vizinho, apesar de monarquia, parece muito mais próxima das pessoas, muito menos formal e hipócrita. Não me lembro de ver alguém ajoelhar-se perante o rei de Espanha.

A calinada deste mesmo rei, ao invectivar, há dias, o presidente da Venezuela, tem a importância que tem – pouca. Há quem ache que revela, por um lado, uma sobranceria «colonialista» ao tratar Chávez por tu, mas, ao mesmo tempo, reflecte esse tom «democrático» de não se pôr num pedestal, acima dos outros.

Chávez pode ser acusado de desbocado e não respeitar a intervenção de Zapatero (este sim de grande dignidade), mas quem não estaria irritado sabendo que o ex-primeiro ministro espanhol, Aznar, apoiou activamente um golpe de estado na Venezuela contra o seu regime eleito nas urnas?
Aznar não será fascista mas é candidato a uma série de nomes feios a usar contra os que não respeitam eleições. E ninguém espera ver alguém ajoelhar-se perante Chávez.

Comments:
O problema, caro preplexo é que nas repúblicas nós estamos sempre de joelhos, e o pior é que nem sequer nos apercebemos desse facto.

Se nós para o estado não passamos de um número (o do BI), não será isso uma maneira de estarmos perante ele, de joelhos?
 
Olá, Luís!
Duvido que a realeza considere os súbditos mais que números. Aliás, «súbdito» já diz bastante.
Sim, estamos bastante subalternizados mas a imagem do suserano está muito diluída e repartida por várias faces que vão rodando com o tempo.
Abraço
 
Enviar um comentário

18.11.07

Best of... Novembro de 2006 


Lyrics

A insatisfação mundial em relação às atitudes dos americanos cresceu muitíssimo com a invasão do Iraque. Isso vê-se no aumento da luta armada dos pequenos agrupamentos radicais, na propaganda e nos manifestos anti-americanos, mas também nas letras e nas artes. Está a crescer toda uma geração para quem os americanos são o mal do mundo. Com muitas e fundamentadas razões. Os americanos bem podem limpar as mãos à parede da bela obra que conseguiram fazer!
A contestação atinge por vezes grande radicalismo de discurso, como nesta canção «Fim da Ditadura» do rapper português Valete, de que transcrevo a parte final:

«(…) E à porta da Casa Branca fiquei com Bin Laden a sós
Disse-lhe sem hesitar um coche: Deixa-me liquidar o George
Ele esboçou um sorriso e olhou-me fundo nos olhos
Sentiu segurança na minha voz e passou-me uma Kalashnikov
Era só ódio destrutivo na minha cabeça
Kalash fui exibindo assim a dar paleta
Eu fui o homem escolhido pa’ ditar a sentença
Olha o meu peito erguido pa’ vingar o planeta
Entrei na Casa Branca assim cheio de moral
Nossos snipers iam abatendo a escolta presidencial, eu andava
No piso inferior de corredor em corredor
Abria porta a porta à procura daquele estupor
Vi a porta dos fundos, senti um feeling interior
Abri… até que enfim Sr. Ditador
Agora sente o pavor
Vais pagar pela tua merda e pela dos teus antecessores
Isto é pelas vítimas das guerras que vocês fabricaram
Pelas bocas que morreram pela falta de pão que vocês negaram
Pelo terror que semearam, alastraram, perpetuaram
Pelos homens e mulheres que as vossas bombas mutilaram
Pelo suor dos trabalhadores que vocês escravizaram
Pela alma deste planeta que vocês danificaram.
(Tiros)
Morre filho da puta!!!
(Tiro faz eco)»

Se quiserem ouvir a canção toda, vão aqui:

http://www.horizontalrecords.com/fim_dit.mp3

Comments:
A letra está boa, mas com música o gajo não vai.
Um abraço. Augusto
 
Ola colega do blogue das artes:) td bem?

posso chatear um bocadinho? é possivel fazeres divulgaçao nos teus blogues da apresentaçao do meu livro este sabado na fnac do algarve shopping?

a info ta na minha pagina, esta la o cartaz:

www.tiagonene.pt.vu

obrigado, colega! és um anjo! e claro.. aparece!

Tiago
 
OK, Tiago. A divulgação desse evento fica aqui exposta nos comentários que estão sempre visíveis. :)
Abraço e bom lançamento!
 
Enviar um comentário

16.11.07

Boca e cérebro 


Boca e cérebro são órgãos muito independentes um do outro. Um pode executar uma função enquanto o outro faz outra não relacionada. Tive colegas em que essa independência era notória e desfasada de algumas décimas de segundo: A boca, rápida e independente do cérebro, dava uma resposta ou produzia uma sentença totalmente impensada; quando o cérebro, lento e preguiçoso, ia tentar travar o despautério, era tarde demais – o disparate já tinha sido lançado e o mal era irremediável.

Há pessoas que, pelo contrário, mantêm em funcionamento simultâneo e em coordenação admirável estes e outros órgãos independentes. Por exemplo, atente-se na disciplina dos órgãos de José Rodrigues dos Santos, hoje no Telejornal:
Boca: - Almerindo Marques vai chefiar a administração da empresa Estradas de Portugal deixando a administração da RTP.
Cérebro: - Agora não te podes rir, não podes sorrir, não podes piscar o olho, nada.

Comments:
:-) bem visto!!
Beijinhos
 
Enviar um comentário

15.11.07

WOW! 


P.S.: Precisando: A maioria destes suicidas tinha entre 20 e 24 anos, isto é, tinham sido invasores do Iraque e do Afeganistão. Eu não sei quais as principais razões que levaram estes jovens a matarem-se ao ritmo de 17 por dia, só posso suspeitar que a sujeira naqueles países tem sido feia.

13.11.07

Galante 



Pardais e pombos há-os pela cidade inteira. Patos de várias variedades também se vão encontrando nos jardins que tenham um pequeno lago. Agora galos (e galinhas) no centro de Lisboa!? Sim, no Campo de Santana (Campo Mártires da Pátria). Muitos. Talvez uns 8 ou 10. Passeiam-se pelo jardim e voam. E bem, que conseguem voar para cima das árvores lá existentes. E têm todo o restante comportamento de galos saudáveis: lutam e perseguem-se uns aos outros e galam as galinhas. Com o à-vontade de quem anda solto na quinta.


Comments:
Quem foi que disse que Portugal era um quintal plantado à beiar mar?
Um abraço. Agusto
 
Enviar um comentário

9.11.07

Arte Lisboa 07 



Está a decorrer até 12/11/07 a Arte Lisboa deste ano (Fil no Parque das Nações). Mostrando obras de 500 artistas contemporâneos distribuídos por 60 galerias, é um dos acontecimentos mais importantes do Mundo da Arte em Portugal e sem dúvida um acontecimento cultural relevante.


Comments:
Se nada falhar nos meus planos, conto lá estar domingo, de tarde
 
Enviar um comentário

5.11.07

Expo Hermitage 



No Palácio da Ajuda, até 17 de Fevereiro de 2008, está patente uma exposição de peças do Museu Hermitage de S. Petersburgo, na Rússia, um dos maiores museus de Arte do mundo. Haverá outras duas em 2008 e 2009. Se a experiência for animadora, passará a existir em Portugal uma delegação permanente daquele museu.

Quem espera ir deparar com bizarrias orientais não as encontra. Só 2 ou 3 toucados e 2 ou 3 ícones ortodoxos se afastam um pouco das tipologias habituais da arte europeia. A cultura russa está profundamente enraizada na restante cultura europeia, ou não fosse espaço europeu parte do seu território …

As legendas (já parece uma fixação minha), em tom cinza claro, são luxuosas, num excelente tamanho de cerca de 8x12 cm., e o tamanho da letra bilingue é suficiente para não se necessitar de «fazer vénias». Pelo menos para o Português, a preto. Para o Inglês, o ocre médio em que está escrito, a conjugar-se com o dourado das molduras e de outras peças de decoração, obriga a um esforço visual, devido ao pouco contraste com o fundo.

Os textos contextualizadores, impressos parietalmente sobre fundos castanhos, padecem do mesmo mal: O Português, a branco, lê-se bem; o Inglês, a ocre, tem pouco contraste.

A Loja não tem postais avulsos – só conjuntos de 9 ou 10 postais por 7,5 €. É pouco adaptado ao nosso público para quem é simpático levar uma recordação – um postal – mas já acha 7,5 € caro para recordação, digo eu.

Estando de ouvido atento, o visitante poderá ter a sorte de captar alguma preciosidade deste tipo, emitida por outros visitantes:
- Pedro I foi aí 1400 e tal, não?
- Não. Século XVIII
- Não foi o comunista!?


4.11.07

Cinema português 


Vou pouco ao cinema e ainda menos a ver filmes portugueses. As razões são muitas e nem todas são imputáveis aos próprios filmes.

Ontem fui ver «A outra margem» e fiquei agradavelmente surpreendido.
- A história está muito bem construída e razoavelmente bem contada.
- O som é bem bom, (normal) muito longe do som que se fazia em tempos e que arruinava mesmo uma boa história.
- Foi agradável não reconhecer os actores de outros filmes ou séries (e não ser assim afectado pelo «ruído» que introduziriam na história). Eu, pelo menos, não os conheço.

O conjunto resultou num filme que me fez entrar na história e abstrair-me de que estava a ver um filme. Que mais pode um filme almejar?

Comments:
Andas distraído, hoje em dia já aparecem muito bons filmes portugueses, o estigma da língua é que é uma chatice.
Um abraço. Augusto
 
Enviar um comentário

2.11.07

Dia de finados 


Na aldeia as pessoas lidam de mais perto com a morte. Às vezes vêem morrer familiares ou amigos. E vão aos funerais de todos os conhecidos. E visitam o cemitério com frequência onde as campas ostentam, desde há décadas, as fotografias dos defuntos, permitindo fazer uma actualização mental da população da terra.

Na grande cidade as pessoas só vão ao cemitério nesta altura. Deixam um raminho de flores a apressam-se dali para fora. Se calha irem a um funeral, por ser alguém próximo, quase sempre é num cemitério diferente daquele em que têm familiares e amigos.

É a esta diferente proximidade com os mortos que eu atribuo as baboseiras que se escrevem em campas e gavetas da cidade. São sempre declarações de que o defunto nunca será esquecido, que estará sempre no coração da família a qual tem dificuldade em suportar tanto sofrimento. Na aldeia a dor ou a falta dela é mostrada na face de todos os dias. Na cidade parece haver uma necessidade de provar a terceiros a dor que é suposto ter.

Leio numa gaveta: «O tempo passa – A saudade aumenta».
E penso: Mentirinha! O tempo passa e tudo faz passar. Dor incluída.

Comments:
http://bloguedasartes.blogspot.com/

colabora connosco aqui,pode ser?

na pagina saberas o q fazer:)

ate ja:)
 
Enviar um comentário

Archives

links to this post

agosto 2003   setembro 2003   outubro 2003   novembro 2003   dezembro 2003   janeiro 2004   fevereiro 2004   março 2004   abril 2004   maio 2004   junho 2004   julho 2004   agosto 2004   setembro 2004   outubro 2004   novembro 2004   dezembro 2004   janeiro 2005   fevereiro 2005   março 2005   abril 2005   maio 2005   junho 2005   julho 2005   agosto 2005   setembro 2005   outubro 2005   novembro 2005   dezembro 2005   janeiro 2006   fevereiro 2006   março 2006   abril 2006   maio 2006   junho 2006   julho 2006   agosto 2006   setembro 2006   outubro 2006   novembro 2006   dezembro 2006   janeiro 2007   fevereiro 2007   março 2007   abril 2007   maio 2007   junho 2007   julho 2007   agosto 2007   setembro 2007   outubro 2007   novembro 2007   dezembro 2007   janeiro 2008   fevereiro 2008   março 2008   abril 2008   maio 2008   junho 2008   julho 2008   agosto 2008   setembro 2008   outubro 2008   novembro 2008   dezembro 2008   janeiro 2009   fevereiro 2009   março 2009   abril 2009   maio 2009   junho 2009   julho 2009   agosto 2009   setembro 2009   outubro 2009   novembro 2009   dezembro 2009   janeiro 2010   fevereiro 2010   março 2010   abril 2010   maio 2010   junho 2010   julho 2010   agosto 2010   setembro 2010   outubro 2010   novembro 2010   dezembro 2010   janeiro 2011   fevereiro 2011   março 2011   abril 2011   maio 2011   junho 2011   julho 2011   agosto 2011   setembro 2011   outubro 2011   novembro 2011   dezembro 2011   janeiro 2012   fevereiro 2012   março 2012   abril 2012   maio 2012   julho 2012   agosto 2012   setembro 2012   outubro 2012   novembro 2012   dezembro 2012   janeiro 2013   março 2013   abril 2013   maio 2013   julho 2013   agosto 2013   setembro 2013   novembro 2013   janeiro 2014   março 2014   maio 2014   julho 2014   agosto 2014   janeiro 2015   fevereiro 2015   maio 2015   junho 2015   setembro 2015   outubro 2015   dezembro 2015   abril 2016   julho 2016   setembro 2016   novembro 2016  

Perdidos no Hiper-Espaço:

Em quarentena (Vírus linka-deslinka):

Desembarcados num Mundo Hospitaleiro:

Pára-arranca:

Sinais de Rádio do Espaço Cósmico:

Tele-transportes:

Exposição Temporária:


referer referrer referers referrers http_referer

This page is powered by Blogger. Isn't yours? Mail