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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

24.10.08

Post do Secretário de Estado dos Assuntos Assimétricos 


O banco ao qual empresto dinheiro sem juros, ou seja, onde tenho conta, escreveu-me. Quer que eu actualize os meus dados, devido ao Aviso 11/05 do Banco de Portugal. Esta desculpa do tipo «só estou a cumprir ordens» cheirou-me a argumento de autoridade, de modo que fui confirmar o que diz o Aviso. Vasculhando no site do BP, encontrei-o. E li-o.

«Está tudo nos conformes». Lá, diz que elementos devem ser exigidos a quem abre conta, quase todos sujeitos a comprovativo. O Aviso surge para conferir alguma exigência à abertura de contas, para se ter alguma certeza de que quem está a abrir conta é mesmo quem se diz ser, e não um falsário que teve acesso a alguns dados de um desgraçado. (Seria óptimo que os bancos fossem rigorosos neste ponto, mas suspeito que esta exigência tem mais força no papel que no dia-a-dia das agências.) De caminho, o Aviso recomenda uma actualização dos dados a cada 5 anos.

Recomenda a recolha de, pelo menos, 8 elementos, entre os quais, estranho, figuram os relativos a profissão e entidade patronal. Todos a ser comprovados por documento considerado idóneo.

Excepto um. Uma alínea do artigo em causa designa os «cargos públicos que exerça», como um dos dados a recolher. Mas quando chega aos «meios de comprovação», diz que este elemento de identificação «não carece de comprovação documental, bastando informação do próprio quanto ao cargo público de que é titular.»

A aquisição deste conhecimento acrescentou-me uma indecisão: não sei que cargo público hei-de declarar quando lá for…

posted by perplexo  # 01:46

23.10.08

Best of... Outubro de 2007 


A propósito da denúncia de José Rodrigues dos Santos, o Arrastão pôs em texto aquilo que eu sinto há mais de 20 anos:

Não são necessárias «grandes interferências na vida de uma redacção», por parte do poder político ou económico. «Basta escolher bem directores que escolham bem colunistas e dêem a linha. Nem é preciso dar-lhes recados. Basta que já pensem como quem lhes paga».

O pluralismo na Informação é um sofisma!

21.10.08

Novas tendências 


Ultimamente, muitas são as mulheres, das que aparecem nas televisões ou que aspiram a isso, que mandam encher os lábios com silicone ou os envenenam com Botox. Algumas exageraram ou a coisa não correu bem, pensei eu, porque ficaram com uma boca a fazer lembrar o ânus de um macaco. A comparação ouvi-a, há tempos, ao observador e provocador Herman, e reflecte na perfeição o que está a acontecer.
A explicação é muito psicanalítica mas credível. Sempre a boca do rosto foi associada à boca do corpo; os homens associam-nas, as mulheres sabem dessa associação. Daí, humedecerem a do rosto e pintarem-na, para mais se assemelhar as uns lábios vaginais receptivos.
Mas, o coito anal tem vindo a ganhar adeptos e aspirantes a praticantes. Quem de tal duvide, que faça uma revisão dos filmes pornográficos dos últimos vinte anos. Neles se percebe que a percentagem de sexo anal, em tempo de filme, tem vindo sempre a crescer.
Et voilà. As novas tendências aconselham a mudar o aspecto da boca, de vagina para ânus.
Algumas mulheres têm-no conseguido, de maneira magistral.

17.10.08

O embotamento da ética 


Paro no canal brasileiro da Tv-Cabo e leio em rodapé:

Ataque aéreo da OTAN no Afeganistão mata ao menos 25 civis

Torna-se clara a estratégia dos atacantes quando se analisam as implicações de mentalidades como a de quem comentou, no post abaixo, o seguinte: «Ou o Ocidente acaba com o extremismo islâmico ou a nossa sociedade está condenada. E para evitar isso tem de valer tudo. Mas mesmo TUDO.»

8.10.08

Os capatazes da razia 


Uma das perguntas feitas aos dois candidatos à presidência dos Estados Unidos, no debate conjunto de ontem, foi:
– Devem os Estados Unidos respeitar a soberania do Paquistão ou ignorá-la para perseguir a Al-Qaeda?

Os pressupostos da pergunta já são assustadores: põem a hipótese de ignorar a soberania de um país que tem sido um aliado; admitem perseguir um grupo guerrilheiro dentro de um país, sem o seu consentimento; fazem a pergunta, como se não fosse uma aberração das relações internacionais fazê-la.

Todos sabemos que essa é a atitude que têm tido ao longo das últimas dezenas de anos para com os outros países: – menosprezar-lhes a soberania, ameaçá-los, invadi-los. Mas fico com a impressão que, antes, a maior parte das vezes, faziam-no fingindo respeitá-los; faziam-no pela calada, através de serviços secretos de sabotagem e unidades de acção rápida; agora, assumem invadir, como se fosse natural, tão natural que fazem essa pergunta aos candidatos. Como lhes é natural terem invadido o Iraque.

O mundo ganhava em conseguir livrar-se desta ameaça permanente e mortífera.

Comments:
A vergonha é algo que já caíu em desuso!
 
Ou o Ocidente acaba com o extremismo islâmico ou a nossa sociedade está condenada. E para evitar isso tem de valer tudo. Mas mesmo TUDO.
 
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