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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

29.12.08

Mártires sem esperança 


Nesta quadra de hipócritas declarações de solidariedade, que gestos de genuína compaixão acomodada podemos realizar? Poucos, quase sempre ao nível da caridade privada. Mas, e as vítimas das constantes agressões belicistas americanas (e nazistas israelitas) que, neste mesmo momento, por todo o mundo são bombardeadas e morrem sem esperança? Já imaginou estar na pele delas, caro leitor? E, no entanto, você pode estar mais perto de ser uma delas do que julga. Pode já estar sob a mira de um satélite ou de um míssil. Basta ser crítico do terror de Washington ou morar no mesmo prédio de um.

Sugiro um breve momento de evocação do martírio dessas indefesas vítimas deste mesmo momento. Pode ser o seu último. Um breve momento. Um breve momento.

posted by perplexo  # 21:15

20.12.08

Best of... Dezembro de 2007 


Os malefícios da comunicação social controlada

Faz hoje 4 anos que os invasores do Iraque capturaram o seu presidente, achincalhando-o duma forma ignóbil que os retrata a eles, ele que nenhumas relações tinha com a al-Qaeda, como a CIA veio a admitir. Enforcaram-no há um ano, mas o causador de centenas de milhares de mortes inocentes continua no poder da nação mais criminosa do planeta sem haver tentativas para o capturar. Isto é inexplicável aos olhos dos que acreditam em alguma regulação do mundo pela justiça.

Há dias contaram-me uma conversa com umas americanas que se lamentavam que os europeus não compreendiam que a América tinha que defender a sua liberdade, ao que os interlocutores – europeus pela certa – só perguntaram onde é que acabavam as fronteiras da América.

Os americanos estão intoxicados pela propaganda da comunicação social controlada (o controlo existe, subtil e auto-censório como gosta o capital) e pouco há a esperar deles para acabarem com as agressões aos outros povos. Em tempo útil. Porque nestes 3 ou 4 anos que já desperdiçaram (Bush admitiu há exactamente 3 anos que mentiu sobre as armas de destruição maciça), nestes 3 anos, dizia eu, já morreu muita muita gente inocente. E teria bastado caçar o criminoso-mor e mais meia-dúzia de sequazes, que têm mantido esta guerra sem razão humana, para alterar o rumo da abjecção.
Poderão alguma vez os Iraquianos perdoar aos Americanos?

15.12.08

Há sempre alguém que resiste 




Há sempre alguém que diz não!

11.12.08

Post 1000 


O inferno dos vivos não é uma coisa que virá a existir; se houver um, é o que já está aqui, o inferno que habitamos todos os dias, que nós formamos ao estarmos juntos. Há dois modos para não o sofrermos. O primeiro torna-se fácil para muita gente: aceitar o inferno e fazer parte dele a ponto de já não o vermos. O segundo é arriscado e exige uma atenção e uma aprendizagem contínuas: tentar e saber reconhecer, no meio do inferno, quem e o que não é inferno, e fazê-lo viver, e dar-lhe lugar.

Italo Calvino, As Cidades Invisíveis, Lisboa, Editorial Teorema, Lda., 2006.

Comments:
Este livro tenho que ler!
Vou colar o teu Post no Blog em que escrevo. Pode ser que se lembrem de oferecer o Livro no natal.
 
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7.12.08

É vergonhoso, é abjecto, é obsceno: é limpinho! 


A crise económica veio trazer à luz do dia aquilo que a esquerda sempre soube: que o capital não tem moral, nem regras, e o seu limite é a totalidade dos bens mundiais. Explora e desapossa aqueles que consegue, usando os meios necessários, ainda que os mais vis. É a vantagem dos vitoriosos na luta pelos recursos, a lei de Darwin para os organismos em ambiente não regulado, a lei da selva. Comeram os outros todos e uns aos outros. Os estados cederam à ideologia do privado, entregaram os meios de produção ao sindicato dos predadores, porque este sindicato soube atulhar os estados com os seus membros.

Agora, que o sindicato bateu na parede – aparentemente acreditava em esquemas de bola de neve – poderia parecer que as leis darwinistas fariam o seu trabalho de eliminação dos que são feridos na selva. Engano. O mesmo estado que força a extinção das pequenas empresas agrícolas e de pesca, que se acomoda com hipócrita tristeza às inúmeras falências que todos os dias assolam o país, vem injectar milhões e milhões de euros nos que se roubaram mutuamente e falharam as contas e as estratégias que tão arrogantemente hasteavam como geniais engenharias económicas.

Os meios de comunicação social queimam horas de debates verberando tão abstrusas medidas que «não têm explicação». Não se lembram, não querem dizer, fazem parte do esquema. É que o sindicato engloba os governos. Os membros que governam têm que proteger os seus investimentos e os dos outros membros. São juízes em causa própria? Claro!

Coincidência ou não, descobriram uma fantástica maneira de desapossar a turba. A luta pelos salários baixos é aborrecida, a precarização está esgotada, o consumo está ameaçado por fornecedores não controlados. Descobriram uma maneira indirecta de desapossamento: os fundos de certo tipo de empresas são desviados de maneira directa para os membros mais activos, seja por vencimentos, complementos, indemnizações, reformas, seja por engenharia financeira incontrolada e indetectável. Quando essas empresas correm risco de insolvência, o estado repõe o stock com os bens que pertencem à turba, mas esta delegou nos que, equivocadamente, pensava serem os seus representantes. Limpinho. Não é genial?

Comments:
É uma tristeza, é o que é!
 
É vergonhoso uma diretoria dar prejuízos de milhões, jogarem países e pessoas à falência e ninguém é preso ou perde suas posses.
Quebra a empresa e os diretores ficam ricos? Com certeza algo está muito errado nessa história!
Um abraço e boa sorte.
 
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