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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

30.5.10

Indignação 




A ministra da saúde diz que quer poupar 50 milhões até ao fim do ano.
Ou seja, quer poupar em serviços e produtos de saúde dos portugueses que recorrem ao Serviço Nacional de Saúde 1/80 do que o Governo desbaratou no privado BPN [mais de 4200 milhões].

Mas o que é isto? Já chegámos à Madeira?

Entregaram as poupanças da família ao primo viciado em jogo e agora não têm para tratar as gastroenterites dos filhos?

Para poupar o que o primo gastou no casino da engenharia financeira inepta e criminosa, teriam que manter em risco os filhos durante mais de 40 anos.

Quem é que põe em risco as crianças para alimentar os vícios de terceiros? Não os pais e as mães, certamente; provavelmente, os tios – os pais do primo. Topam?

posted by perplexo  # 00:33

25.5.10

O que nós gostamos de naturalismo! 


Esteve patente na Gulbenkian até há pouco uma exposição subordinada ao tema «A natureza-morta na Europa – sécs. XVII-XVIII».
Algumas representações, como as deste pintor, são de tal naturalismo que fizeram disparar as minhas glândulas salivares à vista sinestésica do ácido do limão cortado.


«A que chama a maioria das pessoas prazer estético?
(…) Na pintura, só as atrairão os quadros onde encontrem figuras de varões e fêmeas com os quais, em certo sentido, fosse interessante viver. Uma pintura paisagística parecer-lhes-á “bonita” quando a paisagem real que representa mereça, pela sua amenidade ou patetismo, ser visitada numa excursão.

Isto quer dizer que, para a maioria das pessoas, o prazer estético não é uma atitude espiritual diferente, em essência, da que habitualmente adopta no resto da sua vida.
(…) De tal modo que só tolerará as formas propriamente artísticas, as irrealidades, a fantasia, na medida em que não obstruam a sua percepção das formas e acções humanas.» – Ortega y Gasset


Willem Kalf

23.5.10

E não se pode dispensá-los? 


Os bancos têm alguma função social ou são só predadores largados dentro do redil dos cidadãos?

Tens a certeza, leitor, que não consegues dispensar os bancos? Pensa nisso!

21.5.10

Para que serve um banco? 

19.5.10

ibn Qasi 



Estátua equestre de ibn Qasi em Mértola


Com a morte do emir almorávida em Marraquexe em 1106, inicia-se um processo de enfraquecimento almorávida na Península. O poder almorávida é religiosamente intransigente e fiscalmente muito controlador. A liderança militar no Garbe não é forte e os reinos cristãos estão cada vez mais agressivos. Há sinais de insatisfação e mesmo rebelião no Garbe muçulmano.

ibn Qasi, muladi [muçulmano ibérico] de Silves, cria uma comunidade de discípulos chamados «muridines» [noviços], desenvolve actividades política e militar e sobe ao poder em Mértola em 1144. É seguido por ibn Wazir que tomou Beja e depois Badajoz, e por al-Mundir que toma Silves, e depois Huelva e Niebla, ambos sob a protecção de ibn Qasi. Este, após ter sido apeado por ibn Wazir, pede ajuda aos Almóadas do Norte de África.

Estes são muçulmanos fundamentalistas que lutam por uma pureza maior da religião. Já tinham derrotado os Almorávidas em Marrocos e vão entrar na Península Ibérica, tentando unificar as taifas [reinos muçulmanos independentes], entretanto criadas, e lutar contra os cristãos.

Em 1147, Afonso Henriques conquista Lisboa, Santarém, Almada, Palmela e Sintra.

ibn Qasi é posto no poder em Silves nesse mesmo ano, mas entrando mais tarde em confronto com o soberano almóada, pede ajuda a Afonso Henriques, que, como sinal de apoio, lhe envia um cavalo e armas. A população de Silves, vendo neste presente dos cristãos uma traição de ibn Qasi, mata-o em 1151.

(Pesquisa pessoal)


16.5.10

Best of... Maio de 2009 


Bi quê?


Passei uns dias num hotel no Algarve. Hotel com bom aspecto, todo remodelado, casas de banho a estrear… Mas, sem bidé! Numa pesquisa sumária, apercebi-me de que a maioria dos hotéis mais recentes não instala bidés nas casas de banho… Segundo me disseram, é de uso pouco comum nos países anglófonos.

Bizarro. Inesperado. Surpreendente. Como é que eles fazem quando vão à casa de banho produzir um resíduo mais sólido? Limpam-se com papel higiénico e toca a andar? Não se lavam? Não acredito que se metam debaixo do duche, cada vez que deviam usar o bidé!

De repente, passo a olhar com algum nojo todos aqueles reluzentes cavalheiros estrangeiros e todas as suas luminosas senhoras que se exibem majestosamente no passeio costeiro. Imagino uma longa série de rabos por lavar, disfarçados à custa de perfume.

Eu não precisava desta imagem!

12.5.10

Nem 8 nem 80 


Depois de Novembro, as FP-25 abatiam os patrões que não pagavam os salários aos trabalhadores. Era um exagero inadmissível!

Agora, algumas empresas, nomeadamente na área do trabalho temporário, fazem do não pagamento de salários um modo de funcionamento. O país de Novembro ignora, tolera aceita. É um exagero inadmissível.

Os extremismos são demasiado injustos. Nem 8, nem 80. Como diz o ditado, no meio é que está a virtude. Deve estar.

Comments:
Comentário a um comentário:
Talvez que seja essa não verticalidade do fundo e a não verticalidade do rosto que façam (“digo eu, sei lá”) dessa fotografia mais que um simples registar da luz reflectida. Mas, claro, estou a argumentar em causa própria.
 
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11.5.10

Eles andam aí! 


Cuidado! Deixem-no passar; não o contrariem; que ele é dos que tomam a mitologia por realidade.

Comments:
Mas o Mito... pode tornar-se Realidade!...
E a Realidade, um Mito!
 
Num cinema perto de si!

perplexo
 
Por acaso não. Talvez no Cinema cujos actores somos nós próprios, envolvidos num processo (processos?) que conformam o Drama da Vida. (Com muita poesia)…
 
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9.5.10

Euforias localizadas no tempo e no espaço 


Vivemos dias bizarros. Grande parte dos alienados está agitada. Uns, de coletes fluorescentes, cantam, enquanto calcorreiam estradas e arrastam bolhas nos pés a caminho de Fátima; outros, de cachecóis coloridos, gritam, agitam os braços e castigam as buzinas, enquanto aceleram sem destino pelas ruas.

Estou convencido que ambos os grupos acham que os maiores alienados são os que são indiferentes a ídolos.

6.5.10

Refugo 


O PS tem deputados a mais. Isto é, tem mais deputados do que militantes com capacidade suficiente para desempenhar dignamente a função. Daí que opta por meter no Parlamento indivíduos das franjas, já no limite da mediocridade.




Este deputado parece ser um desses casos, pelo menos a avaliar pela penosa prestação dele nas comissões de inquérito e, agora, por este lamentável episódio do surripianço dos gravadores de dois repórteres, por não gostar das perguntas que estes lhe faziam.

Conviria, digo eu, que o PS não escolhesse os políticos da linha da frente pela capacidade de andar à porrada, pela facilidade no insulto e na ameaça, pelo êxito em ambiente de peixeirada. É lamentável que prefira seguir o paradigma Gugu (A. S. S.), em vez do exemplo de pessoas cordatas e educadas que também existem no PS.


3.5.10

Remorsos? 


Nas vésperas deste 25 de Abril, Eanes declarou que o 25 de Abril fracassou na resposta às aspirações dos portugueses.
Ainda bem que reconhece. E não lhe ficava mal pedir desculpa por ter sido um dos principais braços a dar uma das primeiras machadadas nessas aspirações. O 25 de Novembro foi o princípio do fim.

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