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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

29.4.08

Liberdade está a passar pela Avenida da 




Descer a avenida no 25 de Abril é das poucas ocasiões em que, em termos de política, me sinto do lado dos vencedores. Sinto um tal bem-estar, um tal reconforto que me sinto compensado da maior parte dos engulhos que aguento com a política nacional desde há mais de 30 anos. E também com a internacional. As vitórias, ainda que esparsas, alimentam a convicção de que é possível alterar o actual estado de desumanidade.

posted by perplexo  # 22:41
Comments:
Engraçado que tu puseste em palavras o que eu sinto também! É isso mesmo! É o respirar alguma liberdade de ums anos com pouca...

Beijinho,
 
Concertação Mundial é como lhe chamo. O problema é o da serradura nos olhos e muita imaginação poética.
 
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27.4.08

25 de Abril – o desfile. Será moda, será «cool»? 



Este ano, o desfile do 25 de Abril tinha muito mais gente que o ano passado. Parece-me que o evento está a deixar de ser visto por alguns como coisa passadista e por outros como coisa da esquerdalhada e a ser sentido como afirmação da Liberdade em sentido geral, gesto assertivo contra todas as arbitrariedades.



Comments:
Olá Em primeiro lugar quero agradecer o video que me enviaste. Quanto ao teu texto publicado no Ora Vejamos, muito interessante e óptimo para conversarmos, não entrarei no debate porque já verifiquei que o sr. Victor já apareceu e iremos todos ser vítimas da arrogância dele.
Um abraço. Augusto
 
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26.4.08

A cantiga é uma arma 


Ontem, assisti embevecido, um pouco emocionado, à transmissão pela RTP do espectáculo da Associação 25 de Abril, de 4 de Abril no Coliseu. Pelo palco e pelo ecrã passaram, durante mais de 4 horas, muitos, muitos dos nomes e respectivas canções que formataram a consciência política do pré 25 de Abril e do PREC. Foi um espectáculo único e um feito assinalável de quem organizou e de quem transmitiu.

O espectáculo serviu de homenagem dos militares de Abril aos cantores que, pela sua mensagem, também a eles consciencializaram e motivaram à tomada de posição que vieram a assumir.

Tal assunção de influência recebida levou-me à confirmação da observação quotidianamente percebida da enooorme importância que têm as mensagens dos ídolos da música em cujas canções procuramos orientações. Olhamo-los como se fossem sapientes gurus cuja linguagem enviesada é preciso descodificar para aceder à sabedoria de que são detentores.

O que quereria dizer «Gastão era perfeito conduzido por seu dono» ou «Mudem de rumo, já lá vem outro carreiro»? Não interessava. Mas enquadrava-se numa mensagem geral de contestação.

Razão tem o outro quando lembra a «quem faça profissão de combater a cantar» que:
«A cantiga é uma arma …
Tudo depende da raiva e da alegria»

Comments:
Bah! Fartei-me de chorar!
Foi lindo.
Até o Vasco Lourenço parecia mais Vasco e mais Lourenço quando se emocionou. Que nós todos precisamos de nos emocionar para relembrarmos correctamente o que se passou.

Beijinho,
 
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23.4.08

Best of... Abril de 2007 


33 anos é muito tempo


Há trinta e poucos anos, a referência «25 de Abril» invadiu a toponímia nacional, desde as vias mais nobres às mais modestas. Mas, 33 anos é muito tempo. Os ataques dos que sempre viram no acontecimento um perigo para as suas concepções de sociedade, a indiferença dos que se esqueceram de como era Portugal antes, as queixas dos que se sentiram defraudados nas suas expectativas, e o desconhecimento de muitos jovens da importância do acontecimento, têm vindo a desvalorizar a data ou a esquecê-la. Felizmente que se mantém o feriado.
Se viveste esse dia, visitante, fecha os olhos e faz comigo um minuto de rememoração.
...
Foi bom, não foi?


Comments:
34 anos depois, no Alentejo Profundo:

http://novafloresta.blogspot.com/2007/07/em-portugal.html
 
Um dia que nunca vou esquecer!
Abraços
 
Efectivamente nós portugueses, somos pessoas com muito poucas ambições, qualquer migalha nos contenta. 34 anos de liberdade para sermos o país da cauda da Europa, quando à partida tínhamos condições para sermos melhores que a Espanha, a Grécia e a Irlanda até possivelmente que a Itália.
Isto em parte justifica como fomos tão grandes e ficámos sem nada. É o povo senhores é povo, que não sabe querer, só sabe falar, falar, falar. Palavras, leva-as o vento.
Um abraço. Augusto
 
É um dia inesquecível. Ontem foi bom desfilar pela avenida e bom também assistir ao espectáculo do Coliseu onde desfilaram todos aqueles que fazem parte dos meus verdes anos.

25 de Abril sempre! Apesar de algumas ou muitas desilusões pelo meio...

Gostei de vos rever.

Beijinho,
 
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17.4.08

Despedida inesperada do gémeo anti-sulista 

16.4.08

O pouco independente redactor 


No passado dia 8, uma das perguntas do concurso Quem quer ser milionário era: «O pouco consensual Mahmoud Ahmadinejad é presidente de que país?».
Fiquei surpreendido que o redactor de perguntas para um concurso de televisão se permita expressar opiniões políticas nas perguntas desse concurso. Porque de factos não se trata. Pouco consensual porquê? O seu povo não votou nele? Não é um líder respeitado pela maior parte dos países que não gravitam na órbita de Washington?
Será que podemos esperar que este redactor de perguntas escreva hoje: «O pouco consensual George Walker Bush é presidente de que país?» Estou certo que não. E, no entanto, centenas de milhares de pessoas percorreram as ruas das grandes cidades mundiais a manifestar-se contra os actos bélicos dessa personagem. E é considerado um dos piores presidentes americanos, até pelos próprios americanos.
Porque é que estando num país pretensamente independente temos que ser esbofeteados com esta propaganda emitida por um redactor de perguntas alinhado? Porque, afinal, o país não é independente, não é?

15.4.08

Dedução 


Eu sou um espírito curioso e estou sempre atento a pistas que possam desvendar-me o funcionamento do Mundo. De maneira científica, ainda que por provas indirectas, analiso indícios e elaboro teorias que os harmonizem e me forneçam um conhecimento mais alargado.
Exemplificando: Descobri que está muito difundida, quase generalizada, a prática de usar o telemóvel em modo de alta-voz. E como é que eu descobri? Tive acesso directo à experiência de ver as pessoas a usar o aparelho em alta-voz? Não. Apenas tive acesso à utilização vulgar e pública dos ditos aparelhinhos. Continuamente ouço as pessoas a dizer para o aparelho: «O que é que dissestes agora?» «Fostes lá?» «Vistes a minha prima?» «Quanto é que pagastes?» e outras frases semelhantes com o verbo na segunda pessoa do plural. Ora o que é que isto prova? Que o falante está a conversar com várias pessoas ao mesmo tempo, senão usava o singular. E portanto… do outro lado estão a utilizar o telemóvel… em alta-voz!
Brilhante, não é?

10.4.08

Incompetência, falta de atenção, desleixo, neurónio desligado - 5 


Há 2 anos, estando perto de Coimbra, resolvi passar lá a tarde, com o intuito principal de visitar, outra vez, o Museu Machado de Castro.


Realmente havia sinalização municipal a indicar a direcção, mas chegado à zona, de que me lembrava mais ou menos, não o encontrei. O que aparentava ser a porta estava fechada e não ostentava qualquer placa que o identificasse, nem outra que anunciasse algum encerramento semanal.



Nos 20 ou 30 minutos seguintes contornei o edifício e vistoriei as 3 prováveis portas do museu e em nenhuma delas havia qualquer aviso de encerramento. Finalmente, vislumbrei, numa parede amorfa e afastada uns 40 metros da porta principal, uma pequena placa que me fez suspeitar que não iria visitar este museu nos próximos tempos.



Já em casa, e depois de alguma pesquisa na Internet, lá consegui obter a informação de que o Museu Machado de Castro estava encerrado por tempo indeterminado para obras de restauro ou de remodelação. Não fiquei a saber foi em que momento indeterminado alguém desprezou completamente as suas obrigações de afixar a necessária informação correspondente e se «borrifou» nos turistas e nos outros visitantes.

Mais abaixo dei com um edifício anunciando o Museu da Misericórdia. A porta estava fechada e não tinha qualquer horário afixado.


Assim, não há turismo cultural que resista!


Comments:
Acho preferível visitar o jardim zoológico, pelo menos os animais estão lá dentro.
Um abraço. Augusto
 
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9.4.08

Incompetência, falta de atenção, desleixo, neurónio desligado - 4 



Esta foto foi feita ao revestimento azulejar de uma pequena igreja de Braga. Aparentemente, houve aqui uma reaplicação de azulejos com os aproveitamentos de outro local. Quando assim é, às vezes, não se conseguem reconstituir as formas originais na sua integralidade, especialmente se forem painéis extensos. Aqui, há uns poucos motivos de pequena extensão que se repetem. Mas o assentador foi mais «criativo» e, nos cordeiros do lado esquerdo, repetiu, nos quadrantes inferiores, o quadrante superior direito.
Na verdade, a foto não prova que os quadrantes correctos, que estão em falta, estejam a mais noutro ponto da parede, mas, se bem me lembro, é isso mesmo que acontece.


8.4.08

Incompetência, falta de atenção, desleixo, neurónio desligado - 3 



Nesta igreja, duma aldeia da Serra da Malcata, aplicaram mosaicos no chão. Alguém, no entanto, desligou o neurónio ou por qualquer outra razão fez com que a direcção dos mosaicos aplicados na nave não seja a mesma dos que estão aplicados na capela-mor. A faixa escura da coxia aponta um pouco para a direita do altar. É como se o oficiante se virasse para Jerusalém e os fiéis para Meca. Mesmo geograficamente, faz uma pequena diferença... O «borrifanço» foi tal que a faixa escura faz um salto abrupto quando entra na capela-mor.
Eu, perceber o que aconteceu, percebo. Está expresso no título deste post!

7.4.08

Incompetência, falta de atenção, desleixo, neurónio desligado - 2 



Este painel de azulejos é uma homenagem às vítimas das cheias de 1967 em Odivelas e está aplicado numa parede na via pública. O traço é pouco evoluído mas não é disso que me queixo. O problema é que o azulejo situado sobre o lado direito, entre a mão no pescoço e a outra cá em baixo, está rodado 180º, isto é, está «de pernas para o ar». O assentador de azulejos - quem se não ele? - no momento da aplicação, «borrou a pintura». Motivo? Escolha você!


Comments:
Se o azulejo viessa das Caldas diria que o assentador procurou fazer um manguito.
Um abraço. Augusto
 
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5.4.08

Incompetência, falta de atenção, desleixo, neurónio desligado - 1 



Uns escrevem mal, outros copiam mal, outros não conferem, outros não reparam.
Um equipamento duma certa importância é inaugurado pelo primeiro ministro que descerra uma placa contendo um erro, ou antes, uma falta. Talvez alguém tenha achado que quando o nome do mês começa por De se deve retirar a preposição para evitar a cacofonia. Ou então inventaram o mês zembro...


Comments:
Peço desculpa mas tem 2 erros: parece-me que ficou provado à exaustão que o "engº" Sócrates não é engenheiro... e o mais estranho é que esta placa tenha sido descerrada pelo próprio!
 
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4.4.08

Bom 


Gosto muito de comida indiana. É uma cozinha que tem uma variedade tão grande como a cozinha chinesa, mas com sabores totalmente diferentes.
Acho que explorar os sabores deste mundo devia ser considerado como uma missão de cada um.
Em Lisboa há vários restaurantes indianos, uns melhores que outros. Hoje jantei num restaurante indiano-nepalês na Avenida do Brasil chamado Monte Everest. No fim da refeição apeteceu-me virar-me para o empregado de mesa, de lágrimas nos olhos, e dizer: Obrigado! E as lágrimas nos olhos não eram por causa do picante...

Comments:
Que engraçado. Esse restaurante foi-me recomendado à pouco tempo.Agora fiquei com mais vontade de lá ir.
Irmã
 
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1.4.08

Dia internacional das declarações de Bush 


«Mentir é contra os padrões morais de muitas pessoas e é tido como um pecado em muitas religiões.» - Wikipédia

Pacheco Pereira tenta tornar simpática a mentira encontrando-lhe virtudes.

«”é com frequência mais fácil fazer as pessoas acreditarem numa Grande Mentira dita muitas vezes, do que numa pequena verdade dita apenas uma vez.” - Ministro da Propaganda Alemã Joseph Goebbels.» - Wikipédia.

Bush não o disse mas pô-lo em prática. Fez de todos os dias um «Fools’ Day».

«Mentir de uma maneira que piore um conflito em vez de diminuí-lo, ou que se vise tirar proveito deste conflito, é normalmente considerado como algo antiético.» -Wikipédia

Bush agravou terrivelmente o conflito e tenta obter vantagens económicas do conflito.

PP, tendo dificuldade em continuar a defender a sua dama com o argumento da mentira virtuosa, acaba por dizer que Bush não mentiu, antes acreditava no erro. Só que o novo argumento, além de não ser comprovável, não afasta a iniquidade de acção violenta desmesurada sem comprovação suficiente.

«é a gravidade das consequências geradas pela mentira que diferenciará a tolerância da sociedade ao mentiroso.» - Wikipédia

Comments:
A história tem a desvirtuosidade de criar herois nos que quase não o foram e de apaziguar as culpas dos hediondos. Daqui por uns 200 anos se verá o que se diz dos de hoje.
Entretanto, um pedaço comtemporâneo: (http://spotmeter98.blogspot.com/2008/04/sem-ilustrao.html)
 
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