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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

29.2.04

Carpe diem XXVIIII 

Hoje estamos a viver um dia excepcional, um dia que só acontece de 4 em 4 anos (e nem isso!), um dia «fora do tempo».
Os Homens têm repetidamente tentado adaptar o tamanho do ano à duração da translação da Terra, coisa nada fácil porque esta translação demora 365,2422 dias. Os Babilónios usavam um ano de 360 dias ao fim dos quais se entrava em cinco dias de tempo incerto em que o mundo podia acabar. Era preciso o Rei consumar um acto sexual ritual com a Sacerdotisa principal, no alto da zigurate, a culminar uma cerimónia pública, para que o tempo se renovasse e um novo ano pudesse nascer.
O calendário juliano (de Júlio César), estipulava um ano ligeiramente maior que o da duração real, de modo que em 1582, quando sob o Papa Gregório XIII se adoptou o calendário actual – o gregoriano, houve que saltar 10 dias, para que o equinócio da Primavera coincidisse com o dia 21 de Março. As pessoas adormeceram no dia 4 de Outubro e acordaram no dia 15. Foram 10 dias que «nunca existiram» em Portugal, Espanha, Itália e Polónia. Os outros países foram paulatinamente aderindo a este calendário e às suas correcções: Inglaterra – 1752; Rússia – 1918; Turquia – 1927.
O que estipula o calendário gregoriano para o tamanho do ano?
- O ano tem 365 dias;
- Se o ano for divisível por 4 e não for fim de século, acrescenta-se um dia ao mês de Fevereiro, como o dia de hoje;
- Se o ano for fim de século e divisível por 400 (ex. 2000), o ano é bissexto, caso contrário mantém os 365 dias (ex. 1700, 1800, 1900, 2100).
Que tamanho médio é que resulta para o ano?
(300 x 365 +96 x 366 + 3 x 365 + 366) / 400 = 365,2425.
Mesmo com toda esta ginástica ainda há que saltar um dia a cada 3333,(3) anos!

posted by perplexo  # 19:22

Link 

Especialmente para o Ruminações Digitais, o e Deus tornou-se visível e o Blog do Alex deixo aqui este link, muito poético dentro do género (com som).

27.2.04

Cavalos a mais (15) 

Já li por aqui , (post de 4/12/03) na blogaláxia, por várias vezes, (post de 28/10/03) queixas, (post de 29/10/03), em relação aos «espertos» e indicando mesmo os procedimentos anti-«espertos» que alguns dizem adoptar.
É um erro. O «esperto» necessita de ser educado, mas quem tenta que ele aprenda na estrada, corre o risco de contratempos vários, desde a discussão, ao toque de chapa e por aí fora. Um amigo meu tem uma máxima: «Não sou eu que o vou ensinar», querendo dizer que educar um «esperto» é muito penalizante para quem o tenta. Os muitos toques que o «esperto» vai dar e sofrer, inevitáveis ou premeditados e as inúmeras discussões que vai ter é que o vão ensinar. Ou não.

Cavalos a mais (14) 

Concedamos que seja carência de capacidade de avaliação quando um «gordo» instala o seu carro num espaço que dá para 2. (Voltámos à vaca fria…). Mas deixa de se perceber, quando o mesmo que acha que um espaço de 2 só dá para 1 carro, possa depois estacionar longitudinalmente a meio da via do parque de estacionamento, «achando» que os 2 metros que sobram entre o seu carro e a traseira dos que estão correctamente estacionados em espinha, são suficientes para eles saírem!
2 medidas – uma deficiência de avaliação típica de egoístas!

25.2.04

Cavalos a mais (13) 

As autarquias tentam minimizar essa ignorância desenhando no chão as linhas de separação entre faixas. Isso ajuda muito, e estou certo que já evitou muitos toques. Mas os adeptos da «distância mais curta entre 2 pontos» frequentemente não ligam e invadem a faixa alheia com o maior dos desplantes.
Em vias com mais de uma faixa de rodagem também se mostram muito úteis as linhas de separação de faixas, pintadas no chão, porque os «fracos de avaliação de distâncias» só percebem que cabem 2 carros à vontade na via, se a respectiva separação lá estiver desenhada. Na via e nos parques de estacionamento.

Cavalos a mais (12) 

A importância da instrução excede em muito o restrito campo de aplicação que habitualmente se lhe vislumbra. A competência que se ganha numa matéria é por vezes muito útil noutra completamente insuspeita.
Geometria Descritiva devia ser uma disciplina obrigatória no curso das escolas de condução. Pelo menos, os seus rudimentos. O conhecimento da lógica dum rebatimento, parece-me fundamental para os condutores terem uma noção clara de que as faixas de rodagem seguem uma lógica de movimento de compasso, nas rotundas e nas mudanças de direcção nos cruzamentos.

23.2.04

Piada seca para criacionistas com costela platónica 

Quando Deus no 5º dia fez os animais para encherem as águas, teve uma falha de inspiração. Ou simplesmente, por distracção, não conferiu as ideias e as formas de que já se tinha servido. Então, rapou duma forma que já tinha usado no 3º dia e aplicou-a como osso interno no choco, sem se aperceber que também já a tinha utilizado, mas como caroço, na manga!

22.2.04

Cavalos a mais (11) 

Há sistemas que induzem as pessoas a realizar determinada acção, considerada necessária, mas que as pessoas não realizariam se não existisse uma estratégia para as «obrigar» a isso. É o caso dos carrinhos de supermercado, que «obriga» o cliente a arrumá-los, se quiser recuperar a moedinha. Um achado.
Infelizmente, a «moedinha» que pode levar o condutor a fazer piscas, pode ser apenas a chatice de levar uma buzinadela doutro condutor, ou um menu de dedo e palavrão, dum peão.

Cavalos a mais (10) 

Ainda não se inventou um automatismo, que permitisse que o automobilista fizesse piscas automaticamente, assim como acende os «stops» automaticamente quando trava. Um sistema como o que gira os faróis para o lado que se vira, não seria aqui eficaz, antes pelo contrário. Só piscaria quando o carro já estivesse a curvar. E se fosse sensível, estaria a fazer piscas «por tudo e por nada». Não resulta. Só podemos esperar que os condutores sejam cívicos.

20.2.04

Cavalos a mais (9) 

Estou convencido que muitas vezes o «distinto» não se apercebe que há mais envolvidos na sua mudança de direcção do que só o carro de trás, que às vezes não vem lá – peões à espera de atravessar, carros à espera que ele continue em frente, em vez de mudar de direcção. Às vezes, concedamos, serão as pressões da vida que impedem que ele se aperceba que é preciso fazer piscas, senão prejudica outros, ou que se aperceba que há outras vias além da que ele segue, que para ele é a única óbvia.

19.2.04

Cavalos a mais (8) 

Outra afirmação de «distinção» é não fazer piscas. Fazer piscas é reconhecer o outro, é reconhecer-lhe direitos, tê-lo em atenção. É «servir» o outro. Repare-se quem, «estatisticamente», não faz piscas. No meu entender, são de dois tipos: ou fazem parte de minorias, fartas de «dobrar a espinha», ou fazem parte duma faixa com dinheiro mas com pouca formação cívica – patos-bravos e executivos deslumbrados e com desejos de afirmação.

18.2.04

Esclarecimento (7) 

O meu post que mais repúdio mereceu, a um blogger entretanto retirado, foi o de 31/1, onde eu afirmava ter lido que tinham sido referenciados corpos celestes a viajar a velocidades superiores à da luz. Estas «informações», que eu li algures várias vezes, podem prender-se com o seguinte: aquela «constante» não tem sido constante ao longo dos tempos. Hubble atribuiu-lhe um valor de 500 (km/sec/Mpc), enquanto agora anda pelos 70. Acho eu que à medida que vão sendo descobertos corpos mais longínquos, tem sido corrigido o valor da constante de Hubble (H). Se quem relata a descoberta dum corpo muito longínquo aplicar a fórmula de Hubble (v = dH) usando uma constante «desactualizada», pode encontrar velocidades superiores às da luz.
Verdade seja dita que nas recentes pesquisas de Internet que fiz, não encontrei nenhuma daquelas «notícias».

17.2.04

Parabéns! 

O meu blog está de parabéns - faz hoje 6 meses.
Tem dado trabalho a criar. Não me limito a alimentá-lo de longe em longe com um carneiro e deixá-lo a digerir, como uma jibóia. Come todos os dias. É certo que só o alimento com meias-doses, e nem sempre com pão-de-ló, mas tem tido um crescimento regular – não está demasiado gordo, nem demasiado magro. Um pouco seco, talvez.
Já me confidenciou que quando crescer, quer ser… ele próprio. Agrada-me a sua independência, a sua irreverência, a sua auto-confiança. Por isso lhe quero oferecer uma prenda, que qualquer blog da idade dele merece - um bonito link para comentários. Espero que goste. :)
Eu é que não sei se vou gostar. Se calhar vou achar que estava farto de ter sossego. Mas, decisões são decisões. Goste eu ou não, estou convencido que deixarei o meu blog digerir cada comentário, mesmo que algum lhe faça azia. E estou convencido que a maioria serão mesmo suplementos vitamínicos.

16.2.04

Esclarecimento (6) 

Hubble constatou que os deslocamentos para o vermelho (vidé post de 29-1), que encontrava, indicavam que estes eram tanto maiores (portanto significando velocidades de afastamento tanto maiores), quanto mais longínquos estavam os corpos observados. O que lhe permitiu formular uma equação v = dH, onde H é uma constante. Duma Galáxia, quanto maior a distância (d), maior a sua velocidade (v).
Para ilustrar este cenário usa-se o exemplo dum elástico, ao qual prendendo a ponta (o)

o-----c-----i-----t-----s-----á-----l-----e

se estica a outra ponta.

o-------c-------i-------t-------s-------á-------l-------e

A extremidade (e) afasta-se de (o) mais depressa que o ponto intermédio (i).
(o) significa o centro do Big Bang, (i) uma galáxia com uma velocidade de afastamento moderada e (e) uma galáxia com uma alta velocidade de afastamento. Por vezes também se usa a imagem de um balão, cujos diversos pontos da superfície se afastam uns dos outros, à medida que o balão enche.
Curiosamente, não se considera que as galáxias acelerem à medida que se afastam, mas sim que cada galáxia tem uma velocidade fixa, desde o Big Bang.

Esclarecimento (5)  

Se considerarmos que o Big Bang não aconteceu num ponto, mas num Universo já expandido – como afirmam vários sites consultados – tudo se torna mais fácil.
Parece que não é fácil determinar a velocidade global da Via Láctea, já que não há referente sobre o qual se possa medir um «deslocamento para o vermelho». Os sites consultados indicam velocidades entre 130 e 600 Km/s.
Seguindo um modelo com a mesma lógica do post anterior,

-...……………..….BgBBBBBBBBBvBBBBBBBBB……………….......-
sendo esta a posição relativa no momento do Big Bang,

<.BBg’BBBBBBBBBBBBBBBBBBv’BBBBBBBBBBBBBBBBBB.>
e esta uma posição ilustrativa de quando o Universo tinha 1000 milhões de anos e a Galáxia G emitiu a luz que agora vemos,

considerando a velocidade da Via Láctea de 600 Km/s, afastando-se em sentido oposto ao da Galáxia G, tendo esta uma velocidade de 9/10 da velocidade da luz (que o seu deslocamento para o vermelho sugere), podemos obter a «largura» do Universo no momento do Big Bang. Contas feitas, seriam 18.000 milhões de anos-luz.
Se em vez disso, considerarmos que a Via Láctea se afasta no mesmo sentido da Galáxia G,

-...……………..….BgBBBBBBBBvBBBBBBBBBB……………..…....-

a «largura» do Universo altera-se ligeiramente para 18.040 milhões de anos-luz.

A cosmologia é assim – simples. A gente começa a pensar nisso à hora do chá e antes do jantar já calculou o tamanho do Universo. É um espectáculo. (Just kidding)

14.2.04

Esclarecimento (4)  

A minha dificuldade em aceitar estes valores prende-se com as minhas leituras de leigo. Por um lado li algures que só corpos «sem massa» como os fotões podem atingir a velocidade da luz. É claro que 245.000 Km/s não é a velocidade da luz, mas também a Via Láctea está longe de ser um corpo sem massa.
Li que quando um corpo atinge velocidades próximas das da luz, a sua massa tende para infinito. A Via Láctea é «compacta» mas nem tanto.
Por outro lado, li que «àquela distância, a velocidade de afastamento da galáxia é próxima da velocidade da luz». Aceitando isto, também se poderia aceitar que a Via Láctea viaje àquela incrível velocidade.

Obteríamos valores completamente diferentes se o Big Bang não fosse considerado um ponto, mas tivesse uma «largura» considerável, até em termos cósmicos. Neste modelo,

……..-1……………………...…...(40)…...………..………….....1..2.3.4.5.6.7.8.9.10

<…..g-BBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB-v-|-|-|-|-|-|-|-|-v’ >

onde o Big Bang tenha uma largura de 40.000 milhões de anos (à velocidade da Via Láctea), enquanto a Via Láctea demora 9000 milhões de anos desde (v) até hoje (v-v’), a luz da galáxia G percorre uma distância equivalente a 51/9 daquela (g-v’).
Contas feitas, neste modelo a Via Láctea andará a viajar a uns mais aceitáveis, mas ainda assim vertiginosos, 53.000 Km/s.


Esclarecimento (3) 

Se considerarmos que a Galáxia G viajava abaixo dos calculados 245.000 Km/s quando emitiu a luz que vemos, então a Via Láctea terá estado a viajar a velocidades superiores aos tais 245.000 Km/s. Por exemplo, se a Galáxia G viajasse a metade da velocidade da Via Láctea, o cálculo para a velocidade da Via Láctea dá 9/10,5 da velocidade da luz, ou seja 257.000 Km/s.
Mesmo se considerarmos que a Galáxia G viajava à velocidade da luz quando emitiu a luz que vemos, ainda assim a nossa Via Láctea terá estado a viajar a um equivalente de 8/10 da velocidade da luz, ou seja 240.000 Km/s. (A Via Láctea estaria a 2000 milhões de anos do Big Bang quando a luz da Galáxia G, passasse pelo ponto B)
Se o sistema Via Láctea-suas antepassadas, não tiver seguido uma trajectória rectilínea desde o Big Bang, então o cálculo da sua velocidade dá valores superiores àqueles 245.000 Km/s.
Como se pode ler neste site, não há dúvida que os cientistas dizem que este quasar observado existe desde «um tempo em que o Universo tinha menos de 8 por cento da sua idade actual».
E não me parece que as implicações das equações de Lorentz sejam aqui aplicáveis, ou que alterassem radicalmente os resultados.
A explicação deve estar alhures.

12.2.04

Cavalos a mais (7) 

O incívico, num estacionamento de tipo superfície comercial, nunca utiliza apenas um lugar, mas pelo menos 2. Por um lado é muito mais cómodo poder abrir as portas à vontade. Por outro, se as portas dos outros não chegarem ao seu carro, é uma garantia que não ficará com o carro marcado ou riscado. Por fim e não menos importante, é que aceitar estacionar num lugar marcado, com espaço limitado, é a aceitação da vida colectiva, é aceitar fazer parte da «gentinha».
Ocupar 2 ou 3 lugares é uma afirmação de distinção. À falta de motivos reais, digo eu. Estarei a ser parcial quando a minha estatística empírica me diz que estes «distintos» se recrutam preferencialmente entre os utilizadores de Jipes, BMW e outros de gama alta?

11.2.04

Piada seca para intelectuais 

A censura no Afeganistão só usa lápis-lazúli.

10.2.04

Esclarecimento (2) 

A minha grande perplexidade reside na convicção que uma galáxia não pode viajar à velocidade da luz, nem próximo dela. Além disso, o cenário já apresentado é, ainda assim, dos mais amistosos. Quase todos os outros «possíveis» apresentam velocidades da Via Láctea ainda maiores.
Se considerarmos que a Via Láctea e a Galáxia G não se afastam na mesma direcção, a velocidade encontrada para a Via Láctea cresce ainda mais.

.....................................^
...................................g
......................................1.........2........3........4........5........6........7........8........9.......10
................................B-----v-----|-----|-----|-----|-----|-----|-----|-----|-----v’ >


Num cenário em que a Galáxia G emitiu a luz que vemos quando estava num ponto (g), que se situa agora à mesma distância da Via Láctea que esta do Big Bang, a velocidade da Via Láctea, seguindo o mesmo tipo de cálculos, salta para 9/10 da velocidade da luz ou seja uns inacreditáveis 270.000 Km/s. Estarei a fazer mal as contas?

9.2.04

Cavalos a mais (6) 

O «esperto» não perde tempo à procura de lugar de estacionamento. Pára em qualquer sítio, liga os 4 piscas e vai tratar do que tem a tratar. Geralmente basta-lhe estar atento a um aumento de buzinadelas. Se vai para um sítio em que pode não ouvir as buzinadelas, põe um bilhete no tablier: «estou no 5º Esquerdo». Por exemplo.
Se precisa de se demorar e tem rodado para subir passeios, é mesmo no passeio o lugar ideal de estacionamento. No lugar pago, teria que pagar e sujeitar-se a multa, se se atrasasse. No passeio, além de não pagar estacionamento, pode estar o tempo que quiser que não tem de pagar nenhuma multa.

8.2.04

Piada seca para frívolos 

Quando o Rei de Espanha viu a futura nora representada nua num quadro dum pintor cubano, comentou para a Rainha: Esta não é a Letícia Casta.

Esclarecimento intercalado (1) 

O meu post de 28/01 suscitou grande contestação por parte doutro blogger. A polémica desenrolou-se nos comments deste blog, entretanto retirados.
Vou tentar agora explicitar melhor o cenário do meu referido post.
Premissas:
- O Universo presente gerou-se num Big Bang (B) há 10.000 milhões de anos.
- A nossa galáxia – a Via Láctea (V) (ou as suas antepassadas) e outra galáxia (G) afastam-se desse «ponto» na mesma direcção e em sentidos opostos.
- A velocidade de ambas é igual e uniforme.
- Os cientistas afirmam observar hoje a luz da galáxia G, 1000 milhões de anos após o Big Bang.

............................-1….....1…......2….....3….....4….....5….....6….....7….....8…....9…....10

< ……….………..g-----B-----v-----|-----|-----|-----|-----|-----|-----|-----|-----v’ >


- Conforme a figura, a Galáxia G estava no ponto g (1000 milhões de anos afastada do Big Bang – ponto B), quando emitiu a luz que vemos. A Via Láctea estava nesse momento no ponto v.
- Se o Universo tem 10.000 milhões de anos, a Via Láctea, que com velocidade uniforme percorreu a distância B-v em 1000 milhões de anos, terá percorrido 9 vezes a distância B-v (v-v’), nos 9000 milhões de anos seguintes.
- Enquanto a Via Láctea percorreu a distância v-v’ em 9000 milhões de anos, a luz da Galáxia G percorreu a distancia g-v’ nesses mesmos 9000 milhões de anos.
- Donde, a velocidade da Via Láctea será de 9/11 da velocidade da luz, ou seja, 245.000 Km/s!!
É esta incrível velocidade que eu tenho dificuldade em admitir.

7.2.04

Cavalos a mais (5) 

O cafre conhece bem os meandros do estacionamento. Estaciona sempre em segunda fila, para poder sair sem problemas. Nunca estaciona em espinha, mesmo que tenha lugar. Teme que o tranquem. Prefere estacionar longitudinalmente em frente do lugar vago, não deixando contudo, de invadir parte do espaço de retirada do carro da frente e do detrás. - Eles se quiserem, que façam umas manobras, subindo o passeio e tentando sair pelo «buraco da agulha».

6.2.04

Cavalos a mais (4) 

Estacionar em Latawelt 4, é uma aventura.
É frequente um qualquer automobilista rejubilar quando, depois de dar voltas ao quarteirão, encontra um lugar de estacionamento vago. Estaciona, compra o bilhetinho no parquímetro e vai satisfeito à sua vida. Quando volta é que a boa sorte cobra o seu tributo: é frequente ter outro carro estacionado em segunda fila, a barrar-lhe a saída. E bem pode esperar ou buzinar. Quando o silvestre volta, ainda pode responder que «estava ali no café!», como quem diz «porque é que não me foi chamar?» Ou que «com 2 ou 3 manobras, saía bem».

4.2.04

Cavalos a mais (3) 

O poder autárquico, contemporizador, pensando resolver a situação, mantém as duas faixas de rodagem para cada lado e cria uma ala de estacionamento de cada lado, à custa do sacrifício de parte do passeio dos peões.
Situação resolvida? Não. Os automobilistas, incívicos e pressionados pela falta de estacionamento, ocupam primeiro as alas de estacionamento e depois estacionam em segunda fila, deixando a eterna única faixa para o lento trânsito afunilado.

3.2.04

Cavalos a mais (2) 

Em Latawelt 4, os automobilistas não resistem, por exemplo, a estacionar em ambos os lados duma rua estreita, obrigando os veículos que circulam nos 2 sentidos a fazer grandes e cautelosas gincanas. Se o poder autárquico alarga a via, criando um separador central e 2 faixas para cada lado, aí temos uma das faixas de rodagem de cada lado invadida por carros, quando não o próprio separador central, apesar das confusões de trânsito que causam. Os técnicos não percebem como é que numa artéria tão larga, magnífica no mapa, o trânsito afunila tão ridiculamente lento.

Cavalos a mais (1) 

Em Latawelt 4, um planeta a anos-luz do nosso, a explosão demográfica e a concentração em espaços urbanos são factos estruturantes. Um dos aspectos que eles acarretam, é a falta de lugares de estacionamento. Isto tem determinado situações curiosas e comportamentos-tipo.
O automobilista sente que está a ser suficientemente cívico, se deixar de passagem, um intervalo de um carro. Mas é ele que avalia a largura que um carro tem. Frequentemente avalia por baixo. E esquece-se que há veículos mais largos que o carro-tipo dele. Quando um desses «impossíveis» veículos tenta passar, fica entalado, até que o buzinão seja maior que o quarteirão.

2.2.04

Declaração de humildade (7) 

Encontro aqui oportunidade para citar o astrónomo Laplace do séc. XVIII: «Estamos tão longe de compreender todos os fenómenos da Natureza e suas múltiplas modalidades de acção, que seria pouco filosófico negarmos a existência de certos fenómenos, só porque não podem ser explicados no estado actual dos nossos conhecimentos».
Esta pretensa declaração de humildade tem subjacente no final uma soberba confiança de que mais tarde ou mais cedo o Homem dominará o conhecimento da Natureza, o que está longe de ser previsível.

1.2.04

4 vezes mais rápido que a luz (6) 

Aos poucos foram-se fazendo medições dos mais variados e longínquos corpos celestes. Estranhamente, há corpos que parecem estar a afastar-se de nós, ao mesmo tempo que se estão a aproximar. Nestes casos, a rotação vertiginosa própria desse corpo pode explicar o aparente contra-senso. A face que «nasce» aproxima-se de nós, a face «em ocaso» afasta-se.
Mas, mais inesperadamente, começaram a aparecer corpos celestes com deslocamentos espectrométricos que indicavam que esses corpos se estavam a deslocar a velocidades superiores à da luz. Até 4 vezes.
Como? A velocidade da luz não é um absoluto?
Este é o segundo pormenor que não entendo.

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