Depois das eleições, todos afirmam que ganharam – é o costume.
Eu também ganhei (deixa-me cá ver a que é que me posso agarrar…):
- Fiquei satisfeito que tivesse ganho o Rui Rio – por causa da sua postura contra a promiscuidade entre o poder autárquico e o futebol. Aliás a postura crispada de Assis facilitou as coisas.
- Fiquei satisfeito com a reeleição de alguns bons autarcas, como o Morão, do PS de Castelo Branco.
- Fiquei satisfeito com o reforço da força autárquica da CDU, cuja habitual boa gestão não é só um mito. Muito mérito cabe a Jerónimo de Sousa que transmite uma imagem despojada, mas crente e determinado nos princípios.
- Fiquei satisfeito com a eleição de Sá Fernandes que premeia a sua luta pela legalidade e pela correcção de processos na autarquia lisboeta.
Foram estas as minhas vitórias.

A náusea veio antes. A arrogância de Valentim e sobretudo de Felgueiras (ao nível dum Jardim), dando lições de democracia e raspanetes a tudo e a todos – aos jornalistas, aos comentadores, ao PS, ao Primeiro-ministro, à Justiça – querendo sugerir que o êxito eleitoral que obteve a iliba de todos os pecadilhos pelos quais é perseguida pela Justiça, como se o povo não pudesse eleger canalhas. As reeleições de Saddam e Bush provam que pode. Espero que a Justiça repare que já acabou o período de imunidade requerido pela campanha eleitoral!