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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

31.1.06

Post de resposta a comentários 

Obrigado amigos pelas vossas visitas e pelas vossas palavras. Lembro-me de todos vós, os que aqui tendes deixado comentários, e de vários outros, como conhecimentos gratificantes.
É difícil conciliar o convívio colectivo feito de «exposição» pública simultânea com o convívio mais pessoal e intimista pessoa a pessoa. Fica sempre uma sensação de muitos contactos adiados. Pela minha experiência, as circunstâncias do momento determinam mais os contactos que se estabelecem que as eventuais simpatias geradas nas leituras anteriores dos blogs.
O que também não é mau. Continuemos. Até 25 de Março.

A propósito, 25 de Março já foi o primeiro dia do ano, lá para a Idade Média, em certos países como a França. Consagrava a Incarnação de Cristo em Maria. E esta, heim!

O equinócio da Primavera era a 25 de Março e o solstício do Inverno era a 25 de Dezembro. «O mundo deveria ter sido criado no equinócio da Primavera, no começo dos tempos e Cristo também deveria ter incarnado nesse equinócio». Seria também no equinócio da Primavera o dia da sua morte, dado que sendo as fracções imperfeições, Cristo deveria ter estado na Terra anos completos.

Mas isto são outros 25s.

posted by perplexo  # 22:30

30.1.06

Agora, sem tela! 

Daniel Melim, Por a casa


Na Módulo, em Campolide, está uma exposição de Daniel Melim cujas obras praticamente não têm suporte – só a camada pictórica. Não acreditam? Vão lá ver!

Comments:
And so far away! Isn't it ua pity?
 
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29.1.06

Crónica de eventos 

Ontem fui ao meu 5º «jantar de blogs». Decorreu na Associação 25 de Abril com mais de 40 blogadores. Eu tive muita sorte. Fiquei rodeado das melhores companhias: à direita a alegria extrovertida da Júlia com as suas causas, à esquerda a simpatia suave e elegante da Isabel e em frente o sorriso naturalmente sensual da Ana.

Foi um jantar de maior interacção colectiva que o anterior, mas com algumas clivagens, umas expressas outras subterrâneas.
Clivagem expressa foi a dos fumadores/não fumadores e a sua luta de janelas abertas-frio/janelas fechadas-fumo.
Clivagens mais ou menos escondidas existiram:
- entre os que afirmam as suas opções de cidadania e os que não pretendem convívios tão marcados;
- entre os que sentem necessidade de criar uma associação estruturada que defenda os direitos dos blogadores e os que entendem a actividade blogadora como eminentemente solta;
- entre os que se regozijam com o alargamento dos jantares a outros grupos e os que preferem que os jantares se restrinjam aos blogadores;
- entre a meia dúzia que acedeu a apresentar uma poesia ou um texto seus e a maioria que por uma razão ou outra não acedeu.

Privilegiando o convívio colectivo, desde sempre pensei que seria interessante cada um apresentar um texto, um post que reflectisse o que o seu blog representa. Por isso li no jantar o meu post de ontem – «História do grego Onanágoras». Se não representa muito o que o meu blog tem sido, pareceu-me que seria um tema que diria alguma coisa a uma plateia que me parece conter gente só, ainda que temporariamente.

O saldo final continua a ser, para mim, positivo. Nenhuma das clivagens é de rotura. Siga o blognócio da Primavera!

P.S. (00.45): A não identificação dos blogadores foi uma falha que evitou alguns encontros. Por mim, gostava que fosse corrigida. Acabei de saber que afinal estiveram no jantar blogadores dados como desistentes e a quem gostava de, pelo menos, ter apertado a mão.

Comments:
Infelizmente, e como eu previa, o conceito de "the show must go on" impediu-me de lá comparecer. Pelo que li e deduzo, deve ter sido divertido (menos a parte dofumo versus janela).
Espero coomparecer para a próxima.
 
Concordo com a tua apreciação do jantar, sou da mesma opinião. Espero que a nossa "coragem" tenha servido de exemplo para em próximos encontros termos mais intervenientes.
O êxito dos jantares/encontros passam pela interactividade entre os participantes e para o próximo vou pensar em alguma coisa nesse sentido, antes de o anunciar envio-te o projecto para te pronunciares.
Um abraço. Augusto
 
Como ficou provado, para além de haver mais vida para além dos blogs, estes encontros provam-nos que há, até, mais blogs para além da vida... :)

A apreciação está objectiva, sim senhor. A diversidade, por vezes, custa a engolir, mas é das maiores riquezas que o ser humano é capaz de criar.

Um grande abraço.
 
Bem descrito o jantar!! Eu era a que estava na ponta da mesa no sítio destacado dos fumadores, estás a ver??!! Estou a brincar, não é só nos jantares que nos encontramos, também pela Faculdade de Letras!! E o Jorge Castro leu um poema meu!! Que pela voz dele ficou muito mais bonito do que alguma vez eu pensei! Beijinhos para ti, até 25 de Março ao jantar.
 
Concordo com quase tudo o que escreveste e fui até um puco mais além na minha análise crítica ao jantar no meu prórpio blog. O saldo é evidentemente positivo, mas há que olhar de frente para algumas coisas que acontecerem, reflectir e aprender, para fazer mais e melhor no futuro.

A tua ideia das etiquetas na roupa par aidentificação dos blogs de cada blogger é simples e eficaz. Por mim, é de implementar em eventos futuros.

Um forte abraço1
 
Obrigado pelas vossas palavras. Beijos e Abraços conforme o género
 
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28.1.06

História do grego Onanágoras 

Por volta do ano 400 a.C., vivia, na antiga Grécia, um pobre homem de nome Onanágoras. Habitava sozinho num monte pedregoso, batido pelo vento. Alimentava-se de nabos e mel, e figos no tempo deles. Apesar da enorme pobreza e solidão, viveu relativamente feliz por muitos anos.

Até que lhe sobreveio uma crise de meia-idade. Começou a andar cabisbaixo, sorumbático e sem vontade de ir aos figos. Ao fim de algum tempo, resolveu fazer uma peregrinação a Delfos para consultar a divindade sobre o seu problema.
Pôs um saco de nabos e um pote de mel numa cesta e pôs-se a caminho. Ao fim de alguns dias chegou a Delfos, purificou-se e fez as suas oferendas ao deus Apolo, na pessoa da Pitonisa. E expôs o que o entristecia:

- Ó brilhante Apolo, há muitos anos que vivo só num monte pedregoso. Tenho apenas por companheira a minha mão direita com a qual tenho mantido uma relação fiel e gratificante. É ela a minha esposa. Com ela tenho vivido feliz nestes últimos 40 anos. Mas, ultimamente, tenho sentido apelos perturbadores. Apetece-me mudar, conhecer mundo, variar. O que é que hei-de fazer?

A Pitonisa olhou para o saco de nabos e para o pote de mel que o pobre grego trouxera, entrou em êxtase e depois de revirar os olhos declarou:

- Toma para ti uma concubina!
- Mas, como, se não tenho senão uma leira de nabos, uma colmeia e uma figueira?


Embora não costumasse pormenorizar muito os seus oráculos, desta vez a pitonisa condescendeu em especificar:

- Toma como concubina a tua mão esquerda!

Onanágoras agradeceu o conselho e voltou para o seu monte pedregoso. E viveu feliz por mais 25 anos.

Comments:
Gostei bastante de te ter revisto ontem no jantar, já que não nos temos cruzado na Faculdade...Beijinhos para ti.
 
LIDO AGORA SEM "BARULHOS" O TEXTO TEM O TEU OLHAR....(in-PERPLEXO).

OBRIGADO PELA GENTILEZA.
B.E.I.J.O.
 
Obrigado pelas vossa palavras.
Foi agradável rever-vos Paula e Zeca. Foi agradável conhecer-te Isabel.
Abraços
 
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27.1.06

Universos fantásticos 

Uma grande biblioteca é um universo fantástico habitado por seres inesperados. Cada sala é um mundo, cada estante é um continente, cada prateleira que descobrimos revela-nos novos vales habitados, às vezes pelo que nos parecem monstros mas que se mostram sempre ser criaturas simpáticas com cujo contacto nos sentimos reconfortados e enriquecidos na nossa condição de homens.
Hoje encontrei um ser que me deu a conhecer uma carta do século XVIII do Superior da Ordem dos Dominicanos para o Prior do convento da Ordem em Aveiro. Deliciem-se:

«Reverendo Padre Presentado Prior do nosso Convento de S. Domingos de Aveiro

Chegou com toda a certeza à nossa noticia o deplorável estado em que a disciplina regular se acha nesse convento, pois que nele nada, ou quase nada, se observa do que determinam as nossas leis, nem pelo que respeita ao silencio tão recomendado por elas, nem pelo que pertence à decência da celebração das missas e dos ofícios divinos, que fazem um dos mais importantes objectos do nosso sagrado Instituto; nem, finalmente, pelo que toca à modéstia e composi­ção dos hábitos exteriores e interiores, havendo muitos religiosos, que trazem coroas de clérigos minoristas com circílios, que mais propriamente se podem chamar cabeleiras, assim pela grandeza como pelos extravagantes artifícios de cortes sobre o pente, e outras formalidades profanas. E havendo também reli­giosos que trazem hábitos tão curtos por diante que podem servir às dançarinas das óperas, tudo para que os povos lhes admirem a delicadeza das meias e sapatos que usam.

O maior escândalo, porém, que com grande mágoa, nos chega aos ouvidos, consiste no egresso dos religiosos para fora do convento discorrendo pelas ruas dessa cidade sem companheiros, e introduzindo-se em algumas casas indecen­tes, ou porque nelas se frequentam jogos e assembleias impróprias ao estado regular, ou porque os habitantes delas são pessoas abjectas, de cujas conversa­ções não podem deixar as gentes honradas e cordatas de presumir mal.
Finalmente, por cúmulo de relaxação, quando os religiosos se recolhem é já passado muito tempo de noite, estando a portaria aberta sem haver religioso grave de missa, que seja porteiro, nem ainda um leigo capaz, de sorte que vem a ser esse nosso convento ainda menos regulado do que a casa de um secular estragadíssimo.

Portanto, devendo nós obviar a umas tão escandalosas inobservâncias, ordenamos a Vossa Paternidade que inteiramente proíba a todos os religiosos seus súbditos, que vão a algum mosteiro de religiosas dessa cidade, nem ainda ao nosso de Jesus, sem que sejam chamados para confissões.
Para este ministério mandará Vossa Paternidade sempre os religiosos mais capazes e de melhor probidade, não consentindo que as confissões se façam em grades, fora dos confessionários, nem que depois delas tenham os confessores práticas algumas com as religiosas.
O mesmo fará Vossa Paternidade observar aos que foram dizer missa ao dito Mosteiro de Jesus, proibindo-lhes severamente que nem antes nem depois vão ter práticas com as religiosas e sacristãs à Roda da igreja. E dos que forem delinquentes nesta parte nos dará Vossa Paternidade pronto aviso.

Ultimamente, advertimos a Vossa Paternidade que faça a mais séria reflexão em tudo o que acima fica ordenado, considerando muito atentamente, com a certeza de que, obrando-se o contrário e chegando-nos a notícia (como indu­bitavelmente nos há de chegar), não ficarão impunidas as transgressões, como até agora, por infelicidade nossa se praticava, por causa das sórdidas remoras que algumas vezes embaraçavam a administração da Justiça, o que no tempo presente nos parece, não sucederá.

Confiamos do zelo, actividade e prudência de Vossa Paternidade, que fará executar sem a mais leve omissão, tudo o que acima deixamos determinado, para não dar motivo justo, a que procuremos outras providências mais eficazes para fazer cessar tão escandalosas relaxações.

Deus guarde a Vossa Paternidade & S. Domingos de Lisboa, 11 de Junho de 1774.»

Frei João de Mansilha, 1711-1780, A história escandalosa dos conventos da ordem de S. Domingos em Portugal: 1774-1776, Lisboa, Vega, 1983, pp. 25-26.

Comments:
O pronome foi repetido várias vezes para enfatizar
 
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26.1.06

Cadáver esquisito descoberto há momentos 


Uma música de jazz, no momento do improviso colectivo, é uma espécie de cadavre-exquis simultâneo.

«O cadavre-exquis é um jogo colectivo inventado pelos surrealistas por volta de 1925. Consiste em fazer compor uma frase, ou um desenho, por várias pessoas sem que qualquer delas possa tomar conhecimento das colaborações precedentes». O nome do jogo adveio da primeira frase obtida por este processo : Le cadavre exquis boira le vin nouveau. (Adaptado de http://fr.wikipedia.org/)

Comments:
Ao ler esta entrada, fico sem saber se estás a falar de história da arte se da política actual portuguesa.
 
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25.1.06

O mundo às avessas 

Grupo Puzzle, O mundo às avessas, 1979

Só até dia 29, está no Palácio Galveias (ao Campo Pequeno) uma exposição comemorativa dos 225 anos da criação da primeira aula de Debuxo e Desenho da cidade do Porto, exposição heterogénea que inclui alguns nomes bem conhecidos como Alvarez, Graça Morais, Júlio Pomar, Júlio Resende, mas que revela alguns nomes menos conhecidos mas não menos interessantes.

24.1.06

O dia seguinte 

Manuel Alegre voltou para a caça. Disse que já devia ter as lebres com água pela barriga!

Comments:
Ele tem razão, a caçada vai começar, não vá caça querer comer o caçador.
Um abraço. Augusto
 
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23.1.06

Boliquem-me por favor! 

Hoje, ao acordar, boliqueime várias vezes mas o pesadelo da véspera permaneceu.
Ganhou o candidato da publicidade enganosa. Não sei como é que ele vai cumprir a promessa de «Portugal maior». Não sei se está a pensar expandir Portugal para o lado de Espanha ou para o lado do Atlântico ou se está a pensar ocupar algum pequeno país do terceiro-mundo.

Senti-me, ao menos, reconfortado pela dupla derrota da prima-dona. À falta de outras, tive que aproveitar esta para me sentir vingado por várias das suas diatribes: por ser o testa de ferro da contra-revolução; pela criação dos contratos a prazo; pelo tratamento a Salgado Zenha. E pelas outras de que já me esqueci.

22.1.06

Todos às urnas! 

Mosteiro de Alcobaça

Põe uma cruz no teu candidato!


19.1.06

Há arroz de pato? 

As votações a duas voltas são incomparavelmente mais justas que as votações de um único escrutínio.
Imaginem que uma família de 9 pessoas está indecisa sobre o que vai cozinhar para o almoço de Domingo. Verificado o frigorífico e o que é possível preparar, fazem uma votação e constatam que 4 querem caldeirada, 3 querem cozido, e 2 querem feijoada.
Numa decisão por maioria imediata, todos iriam comer caldeirada, mas havendo uma segunda votação nas 2 hipóteses mais votadas é possível que a caldeirada ganhe mas também é possível que a maioria prefira o cozido.

Na primeira volta, é possível que o menino Zéquinha esteja muito tenso por não saber se deve votar no cozido ou na feijoada para evitar que a caldeirada ganhe. É um falso problema.
Imaginemos que é o ultimo a votar. A caldeirada já tem 4 votos, mas ele não sabe. Com mais um voto, a caldeirada ganharia à primeira volta. Mas como caldeirada é a última coisa que o nosso Zéquinha quer, tanto faz votar cozido como feijoada para evitar que a caldeirada ganhe. Ela continuará sem maioria absoluta.

Já agora, que o menino Zéquinha vote no que realmente lhe apetece comer.


Comments:
Uma abordagem muito bem feita das eleições presidenciais. O resultado é sempre comermos pela medida grossa.
Um abraço. Augusto
 
Claro que há ainda a hipotese de o menino Zequinha querer mesmo é bife com ovo a cavalo, e de detestar peixe. Não havendo ovos no frigorífico, ele tem apenas que se preocupar em que a escolha não recaia na caldeirada. À primeira e à segunda. Porque, "na volta" ele não liga nenhuma nem ao cozido nem à feijoada! Esperemos que não faça birra, amuando.
 
Certíssimo! Nada como um arroz de pato, que não constava da ementa! Beijinhos.
 
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18.1.06

Lisbonino, eu ? Você não me ofenda ! 

Que os vocábulos lisbonense e lisboeta existissem e significassem «relativo a Lisboa ou natural de Lisboa» era evidente para mim, há muito tempo. Agora, que também se pudesse usar lisboês, lisbonês e lisbonino com os mesmos significados, é que foi hoje para mim uma completa surpresa.

Fonte: Dicionário Prático Ilustrado, Porto, Lello & Irmão, 1972.

16.1.06

Feras em Lisboa 

L'église Notre Dame de Bordeaux - Kokoschka


O Museu do Chiado apresenta uma exposição comemorativa dos 100 anos do fauvismo intitulada «O Olhar Fauve» onde reúne bastantes obras fauvistas do Musée des Beaux-Arts de Bordeaux (duas salas bem recheadas), a várias obras de pintores nacionais onde é suposto sentir influências «fauves». Tomei contacto com pintores que não conhecia e me impressionaram positivamente – Louis Valtat, Othon Friesz, André Lhote, Albert Marquet e Henri Martin – além dos conhecidos Matisse, Renoir, Kokoschka, Kirchner e Soutine.

O fauvismo, cujo representante mais reconhecido é Henri Matisse, ganhou o nome quando um crítico, numa exposição colectiva de 1905, vendo uma escultura naturalista rodeada de quadros de cores berrantes terá dito: «On dirait Donatello parmi les fauves» [fauves=feras].
É um dos dois braços fundadores da pintura contemporânea, sendo a outra o cubismo. Enquanto este tem preocupações sobretudo de forma, preocupações racionalistas de entendimento do mundo, o fauvismo é herdeiro das preocupações espirituais de sentir o mundo. Apesar da deformação das figuras, a sua característica principal é o tratamento cromático onde o contraste simultâneo dos pares de cores complementares saturadas provoca uma vibração tímbrica que sensibiliza o espectador. O mundo é pintado com cores estridentes e irreais mas estranhamente não perde o nexo que é sentido mais que entendido.
O movimento de curta duração terá influência em muitos dos expressionismos posteriores.

As obras expostas não são das mais emblemáticas deste movimento, nem as do museu de Bordéus nem as nacionais. Pode-se dizer que a inclusão de algumas é até um pouco forçada – estou a lembrar-me de O jogo de damas de Abel Manta – enquanto outras estão ali muito bem: Pousada dos ciganos de Eduardo Viana. O resultado final é muito positivo e nesta exposição não creio que aconteça o que relatei no meu post de 14-9-05.
Esta «parceria» com o Museu de Bordéus é de saudar e a exposição é francamente recomendável.

Comments:
Meu amigo,
Quero dizer-te que aprecio imenso este teu espaço onde muitas vezes me delicio com os teus comentários sobre diversa(s) arte(s).
Só é pena haver um problema técnico que me dificulta a leitura ... será defeito do meu programa ? Tem a ver com os acentos e cedilhados ...
Um abraço
 
Olá Júlia! Algumas poucas pessoas se têm queixado desse problema, mas não sei qual é a causa.
Alguém pode deixar uma dica?
 
Li atentamente os comentarios, e compreendi perfeitamente o problema de julia coutinho. Me vem acontecendo o mesmo com o meu programa... realmente nao sei qual é problmea desse preograma mas deixo aqui a minha solidariedade. gostei do facto que referir o quadro do pintor oskar kokoschka, mas gostava que tivesse uma breve descrição do quadro... gostava de saber onde posso encontrar mais informação sobre este quardro visto que estou a fazer um trabalho sobre o mesmo. agradeço a sua disponibilidade.
 
Marta, experimenta este site:
http://www.culture.gouv.fr/cgi-bin/bordeaux_musee/bordeaux?artiste=kokoschka&fichier=siecle20.txt
Depois navega por «context, sujet, technique, style, biographie, bibliografie».
Espero que te ajude.
 
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15.1.06

O regime falhou? 

Um jornal de hoje, citando estudos estatísticos da União Europeia, diz que a diferença entre ricos e pobres aumentou em Portugal. Os novos valores colocam-nos com um panorama de maior desigualdade social que países que nos habituámos a considerar pobres, injustos e subdesenvolvidos. Neste momento a desigualdade entre ricos e pobres é maior em Portugal que na Roménia, no Vietname e na Tanzânia.

Que significa isto? Quer isto dizer que o nível de vida é pior no nosso país que naqueles? Não. Mas não deixa de ser revoltante, 30 anos depois do 25 de Abril.
O regime falhou? Talvez.

14.1.06

O Sitemeter mente 

O meu Sitemeter está a dizer-me que tive a visita de alguém que utiliza um servidor da Norwegian University of Science and Technology, lá da longínqua cidade norueguesa de Saksvik. Isto não seria de admirar se as visitas com origem neste servidor não fossem num total de 9 ao longo de 5 horas. O que é que o meu blog tem que atrai tantos visitantes duma universidade de ciência e tecnologia? Sim, foram vários porque as permanências de várias entradas se sobrepõem. Isto entre a meia-noite e as 5 da manhã! Porque é que várias pessoas duma universidade da Noruega de repente se lembram de entrar num blog de Portugal pela madrugada fora? Foi matéria que deram no dia anterior? :) Mistério.

Os dados que o Sitemeter disponibiliza sobre Portugal são extensos e surpreendentes. Dêem uma vista de olhos, especialmente nos dados sobre a população. Eu não sabia que em Portugal, a partir dos 65 anos, há só 700 velhos para cada 1000 velhas. Mas já sabia que nascem mais meninos que meninas. E tudo muito longe do mito das 7 mulheres para cada homem.

Os contadores de visitas são ferramentas que os blogs usam e muitas vezes endeusam. São os contadores que, a par dos comentários, dão aos redactores de blogs a ilusão de serem lidos. Mas eu aviso: não lhes dêem demasiado crédito.
Alguns blogueiros ficam muito deprimidos por a quase totalidade das visitas não demorar 1 segundo. Como é que pode ser? Só para verificar se há post novo se demoram 3 ou 4 segundos! Fui verificar.

Entrei em 3 dos blogs que tenho «linkados». Registei a hora de entrada e a hora de saída. Voltei lá mais tarde e fui ver os valores que o Sitemeter desse blog tinha registado para as minhas entradas:
Quando demorei mais duma hora a regressar, o registo do Sitemeter indica que me demorei no blog zero segundos, embora lá tenha estado 10 minutos. Quando demorei até cerca de 30 minutos a regressar, o registo indica que permaneci no blog entre a hora da primeira entrada e a hora da segunda entrada, embora tenha saído do blog. Que credito é que isto merece?
Por outro lado, o Sitemeter localiza-me quer em Linda-a-Velha, quer em Almada, embora eu não more nem numa nem noutra.
Estou chocado. Se a confusão da localização pode ser explicada pela alteração de endereços de IP que o servidor executa (?), alguns dos outros valores deixam-me com vontade de mudar de contador de visitas.

Comments:
São tão válidos quanto os dados de audi~encias de TV's e as somdagens de opção de voto:
Vendem aquilo que querem vender!
 
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12.1.06

Hoje li 

«Nunca povo algum absorveu tantos tesouros, ficando ao mesmo tempo tão pobre!»

Antero de Quental, «Causas da decadência dos povos peninsulares nos últimos três séculos», [2ª conferência do Casino], 1871.

Comments:
Porque é que alteraste a data, retirando 135 anos a ela????
 
"Fomos tão longe e ficámos tão perto" como diz a letra da canção.
Um abraço. Augusto
 
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11.1.06

Sei que Portugal pode empatar 

Mário Soares anda a queixar-se que a comunicação social favorece Cavaco. Não sei se é verdade ou sindroma de prima-dona, mas já houve tempos em que era ele o favorecido. É bom que prove o fel que amargou a boca a outros.

Há muita gente a pescar em águas turvas. A campanha de Cavaco tenta misturar a eleição de Cavaco com o futebol: lançou, logo a seguir à atribuição a Portugal da organização do Europeu de Juniores, a palavra de ordem – «Sei que Portugal pode vencer» – o que faz pouco sentido numa eleição personalizada interna. Há um claro piscar de olho futebolístico neste slogan.
A campanha de Cavaco pode fazer o que quiser (pode?). Se pretende trapacear alguém com associações de ideias, é lá com ela e com os embarretados.

Com as empresas, os jogos subliminares são mais condenáveis (são?). A PT lançou uma campanha publicitária à volta do hino e da bandeira os quais tiveram em 2004 um relançamento de êxito associado ao Europeu de futebol. É curioso que a lance exactamente quando Cavaco, rodeado de bandeiras nacionais e esferas armilares, diz que «Portugal pode vencer». Fortalece a mesma associação de ideias.
Há empresas a investir fortemente na eleição de Cavaco.

É certo que o capital prefere Cavaco. Não sei é se tem boa memória. Talvez esteja esquecido do rombo que Cavaco provocou na Bolsa quando em Outubro de 1987 disse que havia muitas empresas na Bolsa que eram gato a tentar passar por lebre. Foi um rombo que durou uns 10 anos.

Comments:
Teve sim senhor uma tremenda responsabilidade no estoiro da Bolsa. Só que aquilo era mesmo especulativo e eram mesmo gatos vadios que estavam a ser vendidos como lebre da boa. Celulose do Caima a noventa contos? Amieiros Verdes? A culpa reside mais na ausência de uma pedagogia do investidor por parte do Estado (é para essas merdas da protecção e do ensino do cidadão que ele serve, não é?) do que na denúncia (a posteriori, sempre a posteriori...) das situações que, afinal, deixam de convir. No que Cavaco também tem responsabilidades, obviamente. Como a retante classe política.
 
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9.1.06

Dali? Não, daqui! 

Não gosto muito de obras surrealistas. Acho-as geralmente muito erráticas na forma e na mensagem. Como poderiam não ser se «o Surrealismo usava o automatismo psíquico, o acaso e a livre associação como princípios criadores de modo a escapar ao controlo da razão e do moralismo repressor»?
As portuguesas, acho-as especialmente gratuitas. Talvez por me parecerem «mal acabadas», pouco elaboradas, pouco densas, pouco espectaculares. Talvez estes «defeitos» sejam exactamente a sua prova de autenticidade surrealista na capacidade de terem conseguido «escapar ao controlo da razão».

Um aspecto que me incomoda na arte é o impacto que uma obra de grande formato geralmente consegue provocar no meu espírito em detrimento das de pequeno formato. É a vitória por esmagamento.
E, salvo algumas excepções, parece-me que as obras surrealistas portuguesas são de pequeno formato. Fossem algumas feitas a outra escala e ombreariam com as internacionais conceituadas. Como esta de Moniz Pereira que só tem 45,5 por 38 cm.

Emigrantes


Está em exposição no Museu de Arte Moderna de Sintra integrada na exposição Fernando Lemos e o Surrealismo que junta pintura surrealista nacional e internacional a mais de uma centena de fotografias surrealistas de Fernando Lemos de 1949-52.

Comments:
ESpero lá poder dar uma olhada com olhos de ver no próximo fim de semana. A menos que se parta a perna de uma qualquer cadeira!
 
Tirando o impressionismo, não troco os outros ismos, pelas obras clássicas. Sou muito terra a terra, não preciso de alegorias e outras coisas para me despertar as emoções.
Um abraço. Augusto
 
acéfalo, o (a) senhor(a) não sabe o que diz quanto a este tipo e outros de arte tanso
 
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7.1.06

Best of... Outubro de 2004 


Bela varanda!

Já viram as varandas, os terraços, os alpendres, bonitos, com belas vistas, que tanta gente tem e não utiliza? Compram a casa e fazem questão que tenha varanda e imaginam os belos pedaços de tarde que lá vão passar.

Há aqui um conflito: Quer-se a casa próxima da rua principal, da estrada, para ter acesso fácil, para se ver quem passa, para se exibir a linda casa com a invejável varanda. Mas quem pode lá estar, na varanda? Passados 10 minutos, o pó, as estridências das motos, ou simplesmente o ronco monótono dos automóveis levam-nos para dentro. O automóvel, com a presença maciça actual, com os sinais exteriores de mau comportamento habituais, é um vizinho que nos faz a vida cinzenta, mas que ainda não conseguimos evitar.

Passados uns anos, estão a fechá-las, às varandas, que sempre dão para guardar umas coisas e sempre protegem do ruído.

Comments:
É mais uma das muitas incoerências humanas!! Beijinhos, bom fim de semana para ti.
 
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1.1.06

Que a harmonia se passeie entre vós como a brisa da tarde por entre a folhagem 

Comments:
A harmonia sim. Entre a folhagem, na brisa...bom ano para ti. Espero reencontrar-te no jantar de dia 28. Beijinhos.
 
Em princípio, lá estarei.
 
Respondendo à sugestão comecei a apresentar a evolução até ao Cro Maghon. Espero que gostes.
Um abraço. Augusto
 
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