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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

16.3.06

«Mansinhos! E é se quiserem!» 

É cada vez mais difícil encontrar bombas de gasolina onde o fornecimento seja assegurado por um empregado. Agora é o cliente que tem esse trabalho.

Em que é que isso foi útil ou vantajoso para o cliente? Em quase nada. O cliente é que tem o trabalho todo, fica com as mãos a cheirar a gasolina, e o preço do produto não baixou, apesar dessa redução de despesas.
Mas, ao menos, ganhou-se em rapidez, clareza de processos, lógica de consumo? Não. Cada vez há menos bombas em cada estação que funcione de modo regular. Uma, só serve para «Via verde», duas só com pré-pagamento, outra só com pagamento com cartão na bomba. E «o diabo a quatro». Os avisos destas situações especiais, quando existem, estão misturados com toda a parafernália publicitária. O cliente, mesmo que se aproxime com toda a atenção, corre o risco de ser apanhado por uma bomba «que não é». Depois, ou tenta recuar ou é obrigado a fazer o que não quer. Ou segue.

Às vezes, acerta. Mas, enquanto dantes não tinha que se preocupar com o lado do carro em que tem a portinhola do depósito, agora tem. O tamanho das mangueiras diminuiu. Não raras vezes, apesar de se encostar à bomba até quase lhe tocar, quando vai estender a mangueira esta não chega à boca do depósito. Lá volta ao calvário de recuar ou seguir.

Se afortunadamente consegue meter gasolina, quando vai pagar é obrigado a fazer um belo passeio pedestre. Tem que entrar numa loja cuja porta fica num extremo da loja e a caixa no outro. Às vezes chega a ter que andar 15 metros dentro da loja.
Não poderiam ter um guichet para o exterior? Podiam e têm, mas não permitem que se utilize de dia. Só de noite, por causa dos assaltos. Isto é, existe uma facilidade que não é utilizada, embora fosse muito menos penalizadora para o cliente. Só o interesse deles lhes interessa. O incómodo do cliente é-lhes indiferente. Interessa-lhes é que o cliente entre na loja e faça um circuito por entre as prateleiras de mercadorias para venda. Pode ser que se agrade de alguma coisa e faça mais despesa.

Todos estes entraves que as bombas de gasolina têm posto aos clientes parecem indicar que estão mais interessadas na venda interna da loja que na venda de gasolina. Tanto lhes faz que haja carros só dum lado das bombas ou que os carros, de quem anda às compras na loja, atravanquem as bombas e impeçam outros de meterem gasolina.
Se calhar apostam na paciência infinita dos clientes que, incautos, também não têm gasolina para chegar a outra bomba mais amigável.

Esta situação é vergonhosa e revoltante. Se há uma entidade reguladora, não tem evitado que o cliente seja penalizado desta maneira, sem necessidade.
Por mim, ainda tenho uma bomba com funcionários à ida e outra à vinda.

posted by perplexo  # 21:50
Comments:
Nunca percebi se a competitividade deles está em vender mais gasolina ou em ver quanto mais tempo se gasta lá parado!
 
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