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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

26.5.09

Marinho Pinto – um cidadão admirável 


Esta é a parte final da entrevista que deu a Manuela Moura Guedes, onde, mais uma vez, provou que não tem papas na língua: http://videos.sapo.pt/w1DwtzhPH7LzHw3yUFq5

As outras três partes anteriores também são interessantes, especialmente a primeira, onde se faz um historial das denúncias que Marinho Pinto tem vindo a fazer da podridão nacional.

Primeira parte: http://videos.sapo.pt/1HQ7s8bUK3sbr5OhgmtG

Segunda parte: http://videos.sapo.pt/7FWCeEKUI7e0zEZGjg38

Terceira parte: http://videos.sapo.pt/UnCCFv4AfzUd4HF9bgUJ

posted by perplexo  # 19:16

24.5.09

Bi quê? 


Passei uns dias num hotel no Algarve. Hotel com bom aspecto, todo remodelado, casas de banho a estrear… Mas, sem bidé! Numa pesquisa sumária, apercebi-me que a maioria dos hotéis mais recentes não instala bidés nas casas de banho… Segundo me disseram, é de uso pouco comum nos países anglófonos.

Bizarro. Inesperado. Surpreendente. Como é que eles fazem quando vão à casa de banho produzir um resíduo mais sólido? Limpam-se com papel higiénico e toca a andar? Não se lavam? Não acredito que se metam debaixo do duche, cada vez que deviam usar o bidé!

De repente, passo a olhar com algum nojo todos aqueles reluzentes cavalheiros estrangeiros e todas as suas luminosas senhoras que se exibem majestosamente no passeio costeiro. Imagino uma longa série de rabos por lavar, disfarçados à custa de perfume.
Eu não precisava desta imagem!

19.5.09

Odi–acho 


É histórico que a abadessa do convento de Odivelas, madre Paula, era amante de D. João V, de quem teve vários filhos. Tenho ouvido, ao longo dos anos, atribuir a origem do topónimo Odivelas aos ciúmes da mulher de um rei que teria dito ao marido, agastada, «Ide vê-las!». Ao iniciar este post, pensei que se referiam a D. João V, mas, afinal, é a D. Dinis que a lenda atribui umas escapadelas à zona de Odivelas para se encontrar com raparigas.

Sempre achei que esta atribuição toponímica era uma história mal contada, fundada, quase só, numa candura de observação de similitude ortográfica e fónica. Sempre reparei no prefixo «odi» ou «ode» na composição de vários topónimos do sul do país: Odeceixe; Odeleite; Odelouca; Odemira; Odivelas; Odiáxere. Parecia-me coincidência a mais e, ou me lembrava de alguma referência de quando fui a Marrocos, ou de algo que lera, pois que sempre suspeitei que este prefixo fosse uma permanência linguística do árabe na toponímia nacional, sempre em localidades próximas de um curso de água.

Com efeito, neste momento, ao pesquisar «a lenda de Ide vê-las», encontrei no site da Câmara de Odivelas a confirmação, que era só o que me faltava:
«Os filólogos dão porém, outra explicação: a palavra compõe-se de dois elementos: "Odi" e "Velas". A primeira é de origem árabe e significa "curso de água". A segunda é de origem latina e refere-se às velas dos moinhos de vento, que existiram nos outeiros próximos e dos quais podemos ainda ver vestígios. O curso de água ainda se mantém hoje.»

Fico reconfortado por ser confirmado com a parte árabe – a principal questão; torço o nariz às «velas». Não é a sobreposição com palavras actuais que me convence, antes pelo contrário. Não me parece que na Odivelas próxima de Ferreira do Alentejo houvesse condições orográficas e anemográficas para incentivar uma proliferação de moinhos de vento. Mas, aclarar essa questão fica para depois.

Comments:
As lendas são importantes e a sua verdade histórica é uma coisa de somenos importância. Sempre é melhor a lenda lembrar os amores ilícitos de um rei que uma conjugação de topónimos que no caso de Odivelas, as velas nunca seriam de moinho porque este tem "Aspas" e não "Velas.

O Topónimo "Odi" e "Guad" provém do Árabe "Oued" (Rio, curso de água), pelo que Guadiana era Oued Iana, Guadalquivir, Oued Al-Kebir e os topónimos alentejanos Odi seria Oued, seguido do nome, o qual deve ter sido aportuguesado ao longo dos tempos.
 
Magnífica explicação, Luís! Obrigado.
 
E só depois de pesquisar «aspas de moinho» - por estranhar o que dizias - é que percebi que as velas do moinho se chamam aspas.
Sempre a aprender...
 
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17.5.09

Entertainer 



Barack Obama, como era previsível, está a ser uma grande decepção. Mantém-se a matar no Iraque e no Afeganistão, avança no Paquistão, mantém o apoio ao regime genocida de Israel, mantém os julgamentos marciais em Guantánamo, impede a divulgação das torturas da CIA, enfim, um pseudo.

Há dias, deu um jantar a jornalistas, onde fez uma figura penosa. Quis fazer piada, riu-se das próprias graçolas, iludido com o falso êxito das palmas, foi impertinente a chamar «Pirata das Caraíbas» a Hugo Chávez. É indigno!

O mundo não precisa de um cómico à frente dum país tão perigoso como os Estados Unidos. Milhões de pessoas acreditaram que este presidente podia fazer a diferença. Milhões de pessoas vão perceber, mais tarde ou mais cedo, que tudo continua na mesma, na maior parte das agressões. E vão sentir-se muito magoadas ao ver na televisão, a dizer graçolas, o indivíduo que parecia que tomava o sofrimento humano a sério. O mundo precisa de alguém que tente acabar com as iniquidades, não precisa de mais uma estrela de stand-up.

16.5.09

Perguntas sem resposta 


Porque é que um país asiático - Israel - participa no Festival Europeu da Canção?

Ok, a pergunta tem resposta, mas parece mais uma manobra para dar a mão aos intratáveis que não conseguem fazer amigos na zona deles.

14.5.09

Telepatia 


Um dos indícios mais evidentes, para o cidadão comum, de que os preços dos combustíveis a retalho são combinados é observar as indicações dos preços nas próximas bombas de marcas diferentes, afixados nas auto-estradas. São iguaizinhos, ao décimo de centavo. Extraordinária coincidência. Se não são preços combinados… será, talvez, telepatia…

2.5.09

O Metropolitano de Lisboa é uma empresa desonesta 


Já quase não ando de Metro. De cada vez que lá volto, há uma novidade anti-passageiros. Já aqui falei de várias:
Os bilhetes de 10 viagens eram invalidados ao fim de certo tempo – uns três meses – coisa muito fácil de acontecer no período de férias. Cheguei a ficar com bilhetes de 7 viagens não utilizadas.
Nas estações existem ecrãs a dar publicidade em nível sonoro incomodativo.
O Metro extinguiu o bilhete de ida e volta. Não foi a pensar no utente, com certeza. O bilhete de ida e volta é mais utilizado que o simples, acredito. Agora o Metro cobra 2 bilhetes simples por cada natural viagem de ida e regresso – uma penalização do utente em 10 a 15%.

Mas, o que venho hoje dizer é a desonestidade do novo sistema de bilhetes:
Não é possível pagar, simplesmente, o valor de um bilhete (0,80 €) – tem que se pagar um extra (0,50€) para o cartão. Como isco aparentemente justo, as máquinas aconselham a guardar o recibo se o utente quiser reaver o dinheiro do cartão. Pareceu-me bem. Só que, quando tentei reaver o dinheiro na estação de destino, fui informado que tal só é possível em meia dúzia de estações principais… Bem, guardei o recibo até que, há dias, tentei reaver o dinheiro na estação Baixa-Chiado. Em vão. O que a funcionária me disse, com o ar mais natural do mundo, é que só é possível reaver o dinheiro no prazo de 5 dias…
Traduzindo:
O utente (peça de caça com 2 pernas) é obrigado a pagar 1,30 € por uma viagem de 0,80€ (mais 60%). Se a sua saída não for numa estação principal e quiser reaver o extra pago, pode reavê-lo prosseguindo até a uma estação principal e regressando a pé…

Pode parecer quase natural porque o bilhete é recarregável e serve para outras vezes, mas só quase. O anunciado parecia garantir a devolução de todos os bilhetes comprados, desde que se apresentasse o recibo. Fiado nisso, e não tendo o primeiro bilhete à mão, acabei por comprar outros 2 bilhetes. Agora, tenho 3 bilhetes e não consigo reaver o dinheiro gasto. Se eu tenho os recibos, não sei que legalidade lhes permite ficarem com dinheiro desonestamente obtido.

Olhando para todos os atropelos ao interesse do utente, acho que esta empresa funciona em roda livre. E deve sentir que é muito esperta – que consegue sacar muito dinheiro aos utentes, por serviços não prestados. Sabedoria era aprender que utente burlado vai ficando com ressentimentos que acabam por o afastar.

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