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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

29.11.10

Desmascarar a Besta 


O site Wikileaks começou a publicar, ontem, 250.000 documentos, sendo 15.000 secretos e 100.000 confidenciais, constituídos por comunicações entre 274 embaixadas dos Estados Unidos, alapadas pelo mundo inteiro, e o departamento de estado americano. A fuga está a dar água pela barba aos americanos, que assim vêem desmascarada a sua canalhice, não só contra os inimigos como também contra os amigos.

Como serpentes típicas, estão mais preocupados em descobrir quem e como provocou esta mastodôntica fuga de informação do que alterar a sua atitude para com os outros países.

O mesmo site já tinha desmascarado, há tempos, os modos criminosos de proceder nos países que ocupa, matando civis pelo gozo e outras infâmias de que nem os trogloditas eram capazes.

posted by perplexo  # 22:52

27.11.10

Best of... Novembro de 2009 


À letra

Vejam o que eu encontrei hoje!

Deuteronómio (6, 10-12)

10 E quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra que ele prometeu, com juramento, a teus pais, Abraão, Isaac e Jacob, e te tiver dado grandes e excelentes cidades, que tu não edificaste,
11 Casas cheias de toda a sorte de bens que não fabricaste, cisternas que não abriste, vinhas e olivais que não plantaste,
12 E comeres, e te fartares,

[não te esqueças do Senhor, que te tirou da terra do Egipto]

Deuteronómio (7, 1-2)

1 Quando o Senhor, teu Deus, te tiver introduzido na terra, que vais possuir, e tiver exterminado à tua vista muitas nações (…),
2 (…) tu as passarás a cutelo, sem que fique nem um só. Não celebrarás concerto algum com elas, nem as tratarás com compaixão,

Estes extractos são esclarecedores de que tipo de ideologia é feita a Bíblia e o seu equivalente político, o sionismo: pilhagem e matança.
Não há dúvida que Israel tem feito jus à letra das palavras da Bíblia, mostrando que tipo de gente está à frente daquele Estado artificial.

Melhor fora que os bem-pensantes, em vez de azucrinarem os ouvidos de Saramago, enviassem ao Estado de Israel as suas teorias sobre a inadequação de fazer leituras literais do texto bíblico.

24.11.10

Hoje 

20.11.10

Maceda? 




Maceda: Freguesia do concelho de Ovar. Locais de interesse: Praia de S. Pedro; mata florestal; moinhos de Maceda; Fonte do Estanislau; Aeródromo de manobras nº 1 (AM1). O AM1 é uma base aérea sob a alçada da NATO.





«O Aeródromo de Manobra Nº1 (AM1) situa-se em Maceda, na zona florestal do concelho de Ovar e tem como missão manter a prontidão e a exploração do aeródromo militar.

É um aeródromo de recurso operacional da Força Aérea Portuguesa e da NATO e não tem meios aéreos nem esquadras atribuídos de forma permanente.

Esta base tem um mito urbano, segundo o qual existirá uma espécie de base secreta subterrânea (para além da que é visível).

Este mito urbano defende que até ao final da Guerra-fria havia uma base secreta em Ovar onde estavam escondidas armas nucleares da NATO e aeronaves da NATO com elevado grau de prontidão.»


Ir às manifs não é só um exercício de cidadania interventiva; também dá para aprender... cenas!


19.11.10

O cúmulo do cinismo 


Hoje, antes do início da cimeira da Nato, os participantes fizeram um minuto de silêncio pelas vítimas da guerra no Afeganistão. Deviam ter-se lembrado dos que iam morrer quando resolveram invadi-lo.

Enquanto foi só matar afegãos, tudo ia bem e nem pensar em silêncios, que a vingança é estrepitosa, mas surda. Agora, fia mais fino, como de fininho gostavam de sair de lá. Mas é tarde.

É preciso serem muito desavergonhados, cínicos, hipócritas para fazer um minuto de silêncio, exactamente quando vieram combinar enviar não sei quantos mil soldados mais, para matar afegãos. E para lá morrerem alguns. Muitos. É raro o dia em que a Sky News não anuncie o nome de um soldado inglês que morreu lá, nesse dia.

O minuto de silêncio deve ser pelos que eles vão mandar morrer lá...

18.11.10

Fora a NATO! 

17.11.10

Recanto 


Dentro de Lisboa (Tapada da Ajuda), um pequeno anfiteatro. Bonito, aconchegado, envolvido por vegetação, longe dos ruídos da cidade. Que agradável seria ouvir aqui um concerto de cordas, um recital de poesia, um canto polifónico. Se possível, numa noite de Verão. Até uma conferência científica. De preferência, de astronomia.

Infelizmente, está maltratado, entregue a si próprio, desmoronando-se aos poucos.

Enquanto ninguém atender à sua voz ténue pedindo socorro, pode fazer-lhe companhia, numa tarde soalheira. Ele adora bons livros.

16.11.10

Um prado dentro da cidade 



(Foto: Tapada da Ajuda. Ao fundo, o jardim do Palácio das Necessidades)

15.11.10

Você conhece a Tapada da Ajuda? 

14.11.10

A humanidade da NATO 





















(Espaço do Parque das Nações)

13.11.10

O saque à luz do dia, à vista de todos 


• O ministro das Finanças deu 4500 milhões de euros ao BPN, um banco privado.
• Argumentou que era para salvar o sistema bancário português.
• O Estado Português está em grandes dificuldades financeiras, devido, em parte significativa, a esta prenda aos accionistas do BPN e ao sistema bancário em geral.
• As dificuldades financeiras do Estado Português são o argumento para o Governo retirar às populações serviços de educação, de saúde, e introduzir abaixamentos de salários e aumento de impostos.
• Para se conseguir financiar, e tapar esse e outros buracos, o Estado Português emitiu títulos de dívida, 350 milhões da qual dentro do sistema bancário interno.
• Os bancos portugueses emprestaram – não de graça (como obrigam os seus clientes depositantes a fazer), não a um juro simbólico, não ao juro que pagam aos seus financiadores – mas a mais de 7% ao ano.
• Como o empréstimo é a 10 anos, ao fim desses 10 anos, a 7% ao ano, o Estado Português terá de pagar ao sistema bancário português 700 milhões – o dobro do que recebeu.
• Regista-se a feroz “gratidão” do sistema bancário.
• Regista-se o saque realizado, por este método, ao Estado Português.
• Pede-se à parte não apodrecida da Nação que leve o ministro das Finanças perante a Justiça para responder por este saque.


12.11.10

PIDE 



Aposto que em Espanha PIDE não tem a mesma carga que cá.

9.11.10

O mundo esquemático 


Badajoz tem um bom museu arqueológico, sedeado no castelo, com especial destaque para uma extensa colecção de arte rupestre.

Esta peça, com inscrições da Idade do Ferro, provavelmente, apresenta estes dois aspectos independentes e muito curiosos. Em baixo, talvez a mais interessante, está representado um carro puxado por dois animais. O carro e os animais são representados com rebatimento para um mesmo plano. Tanto o tampo do carro como as rodas são vistos segundo a sua melhor identificação (coisa que os Egípcios sempre fizeram): o carro visto de cima; as rodas vistas de lado. Também os animais são vistos de perfil, curiosamente, de maneira simétrica.

Em cima, talvez duas representações independentes. À esquerda, um homem, talvez isolado, talvez empunhando uma lança cuja representação aproveita um veio da pedra. À direita, uma lança vertical isolada, um homem com uma enorme espada à cinta e um objecto não identificado aos pés, e uma estrutura identificada como “um escudo”.

Custa-me aceitar aquela estrutura como um mero escudo, sobretudo devido às inesperadas involuções nos círculos. Posso pensar que seja um refúgio, mas, sobretudo, é-me fácil associá-la ao sexo feminino, ao ventre fertilizável. Ventre em contraponto com a erecta lança de fácil simbologia fálica, simbologia também facilmente aplicável à espada à cinta.

Ou então, são os meus preconceitos pós-freudianos a falar por mim.

Pode-se duvidar que haja representações sexuais em contexto bélico. Pode. Mais provavelmente, ambos os aspectos andariam intimamente relacionados.

8.11.10

A transparência americana 


«É inaceitável falsear eleições» – disse hoje Obama, criticando as recentes eleições em Myanmar.

Não sei se foi impressão minha por mero preconceito, mas pareceu-me ouvi-lo dizer:

“Eleições verdadeiramente democráticas são aquelas precedidas por uma invasão ocidental e com candidatos verdadeiramente fantoches, como nos orgulhamos de ter feito no Iraque e no Afeganistão.”

7.11.10

Experiências na minha cozinha 


Deserto de Atacama

Há tempos, ao regressar de umas pequenas férias, deparei-me com um carreiro de formigas em casa e brigadas de exploração em vários locais. Apesar de alguns ataques com vinagre e spray anti-insectos, a comunidade não desaparecia completamente.

Há uns quinze dias, encontrei o meu pacote de flocos de chocolate carregadinho de formigas, aonde chegavam por um carreiro de espesso caudal.
Como “limpar” os flocos? Pô-los no micro-ondas? Além de matar as bichas, ainda ficaria com uns flocos com um sabor um pouco picante, acredito. Como fazer com que abandonassem o pacote e não retornassem?

Lembrei-me, então – mais como brincadeira de miúdo a descobrir as maravilhas do mundo animal que como experiência credível – de pendurar o pacote por uma longa e fina linha ao candeeiro do tecto. Pouco depois, já algumas tinham encontrado a linha, que iam explorando. Quando me fui deitar – umas três horas depois – a linha estava carregadinha delas e muitas já exploravam a vastidão desértica do tecto liso.

Na manhã seguinte, o pacote estava livre de formigas. O pacote e a casa. Nem uma. Desapareceram todas. E, já lá vão quinze dias.

Ao imaginar a pequena odisseia das formigas, comparei-a com a da saída dos mineiros chilenos das profundezas da mina no deserto de Atacama. Sendo a linha de cerca de metro e vinte e as formigas de três milímetros, a relação corpo – distância à superfície era semelhante: 1/400.

Certamente que foi muito mais fácil para as formigas treparem por uma linha até ao tecto do que os mineiros chegarem à superfície. Mas, quando a linha acabou, aquelas ainda tiveram de atravessar o “deserto de Atacama” do meu tecto e descer pelas paredes até à saída deste mundo inóspito onde os deliciosos flocos de chocolate, de repente e imprevisivelmente, ficam tão remotamente isolados como o fundo de uma mina de cobre no Chile.

4.11.10

A vida como arte 




Um maduro que gosta de longas jornadas de pé no chão expôs, no Museo Extremeño e Ibero-americano de Arte Contemporânea, em Badajoz, além de solas gastas das suas botas de caminhada e outros aspectos das suas vivências andarilhas, este interessante mapa esquemático da Península Ibérica marcada com os percursos por ele calcorreados em diversas datas.
Se a arte deve ter a capacidade de nos surpreender, este mapa teve.

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