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Universos Assimétricos

Uma História de Agressão

30.6.06

O tamanho do défice 


Na Visão de há dias, a ministra da Educação disse que «temos um problema particular na Matemática de uma dimensão que é impossível ignorar».
Eu calculo que os resultados escolares dos nossos alunos em Matemática sejam desoladores. Mas nem preciso de um estudo estatístico das notas nas escolas para ter essa certeza. Basta-me olhar para outros indicadores que não enganam.

Um deles é o nível de endividamento em que os Portugueses se deixam enredar. O domínio de um simples nível básico em aritmética impediria que acreditassem que podiam viver a assumir compromissos mais extensos do que permite o dinheiro que ganham. Isto é um défice em Matemática.

Outro indicador é o de que os Portugueses são os que mais gastam em jogos a dinheiro, com o Euro-milhões à cabeça. Isso significa que são os que mais acreditam que é provável endireitar a vida gastando bastante dinheiro num jogo com uma probabilidade ínfima de êxito satisfatório. Isto é um défice no domínio da Matemática.

A ministra tem razão: a dimensão do défice no domínio da Matemática entre os Portugueses é alarmante e não se deve ignorar.

posted by perplexo  # 15:09
Comments:
Para que esta vergonha se não manifeste, há já quem defenda a substituição do totobola, totoloto e euromilhões pelo totonevoeiro.
Jogo exclusivamente português, sem influencias europeias, o objectivo será acertar no dia em que chegará o D. Sebastião e qual o grau de visibilidade desse dia.
Estou em crer que, crédulos como são os nossos compatriotas, a Santa Casa da Misericordia fará uma fortuna colossal.
 
É realmente da matemática. Não aprenderam que um quebrado é parte de um inteiro e que a soma de todos os quebrados pode nunca ser igual à unidade.
Um abraço. Augusto
 
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26.6.06

O jantar de sábado passado 


O meu último jantar blogueiro correu muito bem.
Como se tratava de, também, homenagear o recém-falecido companheiro dos blogs, Fernando Bizarro do blog Fraternidade, temia que se tornasse um jantar um tanto pesado. Assim não foi o que também teria agradado ao Fernando. Houve várias (bastantes) intervenções, num ambiente geral de muita harmonia. O pequeno número de blogs presentes – pouco mais de 20 – nem sequer exigiu uma mesa de moderação. Só teria preferido que houvesse menos ruído ambiente.
Tive oportunidade de trocar impressões com meia dúzia de convivas e fortalecer estas ténues relações. Foi um jantar muito agradável.
Até Setembro!

Comments:
Ainda bem que gostaste, para o próximo espero que seja ainda melhor, foi um prazer estar contigo.
Um abraço. Augusto
 
Eu tb gostei de te rever e de falar contigo. Por acaso foi mais "gritar contigo" :-)) mas nem por isso deixou de ser agradável.
Beijos.
 
O jantar foi óptimo! Pois foi. Beijinhos.
 
Também gostei mt do jantar. A pequena conversa que tive consigo no final foi a cereja em cima do bolo. Obrigada pelas suas palavras.
 
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24.6.06

Post ligeiro 


A RTP tem estado a transmitir o S. João do Porto. Vi um bocado do fogo de artifício, bem espectacular e muito bem sincronizado com a música. Pouco depois, apercebi-me de que alguém estava a tocar o Hino Nacional, a solo, em guitarra eléctrica, muito dolentemente, um pouco epicamente, com fundo de silêncio.

A criatividade fez-me lembrar a versão fabulosa do Jimmy Hendrix a tocar o hino americano entrecortado por disparos de metralhadoras e bombardeamentos de aviões. Tudo com a sua guitarra eléctrica. Acho que foi em Woodstock em 1969. Estava-se em plena guerra do Vietname e consequente contestação interna. Como agora, os americanos tinham tentado ditar a sua lei fora de portas.

Quem hoje tocava o Hino Nacional de forma tão maviosa era o filho do Roberto Leal. Nunca tinha ouvido a parte do «Às armas! Às armas!» tocado de forma tão sensual. Gostei e achei que o devia dizer.
Também de posts ligeiros se faz um blog!

Comments:
maravilhoso divinal!!!! o rodrigo leal é um grande musico. acompanho a carreira dele a anos... e ouvir o hino nacional portugues tocado por ele a guitarra me fez chorar 3 dias seguidos... simplesmente divino!
 
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18.6.06

Caça aos gambozinos 


Hoje fui ver O Código Da Vinci ao cinema. Já não via uma palhaçada tão grande desde o Liga de Cavalheiros Extraordinários – um filme que reúne um caçador, um cientista, um espião, um monstro, uma vampira, um imortal e um homem invisível – onde, por exemplo, há um gigantesco submarino a circular submerso nos canais de Veneza e um bólide automóvel em velocidades alucinantes nas ruas da mesma cidade!

Os americanos gostam mesmo de balelas! Deve ser por isso que acreditam nas trafulhices do Bush!

Comments:
Pois eu tenho por aí uma cópia da "Liga de cavalheiros extraordinários". Aceito uma boa ficção, mesmo que depois se constate que não é boa.
Agora o Código Da Vinci... Não me queiram impingir fantasias, dizendo-me que são realidades.
Por códigos, basta-me o da estrada, eu, que não tenho carta!
Ou o deontológico, eu, que trabalho numa estação de televisão!
 
Também vi A Liga de Cavalheiros Extraordinários, numa noite que estava com insónias, foi tiro e queda, fiquei sem saber como acaba.
Quanto ao Código da Vinci, é um produto da publicidade.
Por falar em publicidade, não vais ao jantar do dia 24? Gostariamos de te rever.
Um abraço. Augusto
 
têm destas coisas os senhores do outro lado
http://regressodezaratustra.blogspot.com/
 
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17.6.06

Best of… Junho de 2005 


Encontro ao entardecer

Depois de entrar no cemitério, apercebi-me que ainda se tornava muito difícil aproximar-me do local em que Vasco Gonçalves ficará sepultado. As ruas do cemitério estavam apinhadas de outros que, como eu, sentiram o apelo de acompanhar ao túmulo um homem que tanto os fez vibrar em 74 e 75, quando nos deu esperanças de arejar os bolores dum Portugal ainda apodrecido. Foi vencido e nós com ele. Mas, não ficámos convencidos. Por isso, lá estivemos.

Para deixar passar a enchente, resolvi dirigir-me a outro ponto do cemitério onde há um ano ficou sepultado um colega e amigo. Há uns tempos que pensara fazer isto e trazer-lhe um cravo.
Fiquei chocado – não encontrei a sua campa. Não está identificada com o seu nome – só uma placa com um número! Deu-me ganas de lhe mandar fazer uma placa em pedra.

Foi então que, de regresso à enchente, junto a um jazigo neo-manuelino de Adães Bermudes, Jack Bill – o Puma deu de caras com Larry Logan – o Coyote.
Nunca os dois miúdos, dos primeiros anos do Liceu, que jogavam aos cowboys por entre os enormes calhaus graníticos do Barrocal, pensaram que tal encontro se pudesse vir a dar em tal cenário, quarenta e tal anos depois.
O cenário era completamente inesperado, mas simbólico. Os calhaus tinham-se refinado, a tarde caía.

A última vez que o vira fora há trinta e tal anos, poucos dias antes dele embarcar para a guerra na Guiné. Já nessa altura não me era muito próximo, mas aquela ligação de «melhores amigos» da quase infância levava-me frequentemente a pensar que gostaria de voltar a encontrá-lo. Foi ontem e encheu-me de alegria!

Comments:
As victórias de uns só o são quando os outros se dão por derrotados!
 
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12.6.06

Museu do Fado 

Comments:
Fado e futebol não é comigo, foram duas coisas de que nunca gostei.
Estamos a guardar a tua inscrição.
Um abraço. Augusto
 
Numa das poucas tardes que tenho livre, provavelmente escolhia outro museu. Apesar de compreender a importância que o Fado têm para se ser Alfacinha.
 
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2.6.06

Desorientação sem desnorte 


Nos meus passeios ou viagens, visito com frequência os museus da zona. E gosto de trazer, pelo menos, um postal, como estimulador futuro da memória dessa visita. Mas nem sempre é fácil trazer essa lembrança. É certo que tenho tendência a afeiçoar-me a uma imagem que não é «gosto maioritário» e logo não foi contemplada na escassa selecção de edição de postais. E nestes, geralmente, verifica-se o que diz Lima de Freitas: as edições são pequenas, esgotam rapidamente e depois passam-se anos até voltarem a ser impressas. É confrangedor, especialmente para um tempo em que os museus precisam de entrada de verbas como do pão para a boca, numa área onde a venda de gadgets pode representar entrada de somas não despiciendas.

«…há um ror de anos que pouco mais se descobre, nas vitrinas sumárias, que uma meia dúzia de postais, rapidamente esgotados (…) Não iria, por certo, sonhar com esses verdadeiros armazéns de vendas do Louvre ou do Prado (…) onde os volumes luxuosos assustadoramente perfeitos (…) onde também encontramos ao milheiro, à tonelada, o mesmo em formato de bolso, em várias línguas, ou em álacres exércitos de postais, de estampas de todos os tamanhos (…). E Portugal?
Pois bem, em Portugal ninguém tem tempo para tais coisas, quer lhes chamemos instrumentos de cultura ou produtos da indústria livreira, fonte de receitas e divisas ou objectos de deleite, consoante a tineta de cada um; e mesmo se, por absurdo, houvesse tempo para semelhantes actividades editoriais, por parte de particulares ou por parte do Estado, nada aconteceria ainda, simplesmente porque “não há verba”».
Lima de Freitas – 1992

Teixeira Lopes, A viúva


Outra barbaridade, que não se entende, é a impressão de imagens rodadas horizontalmente (imagem de espelho), quer em postais, quer em livros, escolares ou não. Que não são tão raras como isso.

Esta, adquirida em postal há meia dúzia de anos, é a imagem de espelho da espantosa escultura naturalística de Teixeira Lopes, A viúva, de 1893.

Ainda pensei que se tratassem de toscas tentativas de proteger direitos de imagem genuína, mas já me informaram que se trata apenas daquelas pequenas faltas de rigor em que Portugal é fértil. Não sei se a incompetência é do gráfico e da sua hipotética negligência ou se é do responsável por indicações claras ao gráfico e sua hipotética abstenção.

Como se fosse indiferente que uma figura esteja a olhar para a esquerda ou a olhar para a direita! Como se a cultura ocidental e o estruturante sentido de leitura da esquerda para a direita não determinasse significados distintos, conforme essa orientação!

Comments:
Todos nós na Sinfonia Opus Zero sonós de diferentes áreas das Artes: Música, Design Gráfico e Teatro.
Afinal...
 
Efectivamente, constata-se que o autor deste espaço não é especialista em fotografia nem português.
Aquilo que realmente aconteceu foi que o fotógrafo, não tendo espaço de recuo para fotografar a peça por inteiro, usou o truque de a fotografar através de um espelho, conseguindo assim a imagem por inteiro.
E mais falatria que no laboratório se fosse imprimir o negativo do avesso, que isso é um sacrilégio!
 
Já estam abertas as inscrições para o jantar de homenagem ao Fernando no meu blog, por favor ajuda a divulgar.
Um abraço. Augusto
 
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